A primeira etapa do Enem foi aplicada no domingo (3)
FOTO: José Leomar
A Polícia Federal deflagrou neste sábado (9) uma operação para cumprir dois mandados em Fortaleza de uma investigação que apura irregulares cometidas durante a aplicação de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último domingo (3).

As ordens judiciais são de busca e apreensão expedidos pela 12ª Vara Federal de Fortaleza. Os mandados foram cumpridos nas casas de duas aplicadoras dos exames suspeitas de terem cometido as irregularidades. Segundo a PF, os atos investigados foram identificados por meio de um levantamento realizado em cooperação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A operação, batizada de Thoth, apreendeu os celulares das duas aplicadoras, que serão submetidos à perícia. Ainda segundo a PF, as investigações continuarão "para apurar todas as circunstâncias dos fatos".

As duas suspeitas (cujos nomes não foram divulgados) poderão ser indiciadas pelo crime de fraude em certames de interesse público, previsto no artigo 311-A, III do Código Penal Brasileiro. Se condenadas, elas estarão sujeitas a penas que podem chegar a mais de cinco anos de reclusão, além de multa, considerando ainda a causa de aumento de pena do parágrafo 3º.

Além de Fortaleza, a Polícia Federal investiga outros casos relatados no Rio de Janeiro e na Bahia.

O nome da operação, Thoth, foi inspirado no deus egípcio da escrita e da sabedoria. "Os egípcios acreditavam que ele criara os Hieróglifos (caracteres utilizados para a escrita no Egito antigo). Thoth era também conhecedor da matemática, astronomia, magia e representava todos os conhecimentos científicos, o que traduz o universo em que estão envolvidos os candidatos do Enem", explicou a PF em nota.                           (Diário do Nordeste)

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