FOTO: NATINHO RODRIGUES |
É
o que busca reforçar, anualmente, a data de hoje: o Dia Mundial do Diabetes.
Embora em números ainda relevantes, a incidência de mortes apresentou discreta
redução entre os anos de 2014 e 2018, passando de 2.217 óbitos para 1.990,
queda de 10%. A maioria dos óbitos se deu entre pessoas acima dos 50 anos.
Ainda
no ano passado, no entanto, Fortaleza foi classificada como a segunda capital
brasileira com o maior percentual de diagnóstico de diabetes, conforme dados da
Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel 2018). Ao todo, 9,5% das pessoas entrevistadas,
de 18 anos ou mais, alegaram portar a doença.
Causas
Um
dos principais fatores de risco para o surgimento da doença é a obesidade
associada ao sedentarismo, segundo explica a endocrinologista e diretora do
Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH) do Ceará, Adriana Forti.
Situações como histórico da doença na família ou pessoas com hipertensão
arterial também devem ser monitoradas regularmente.
“E
também os fatores associados à faixa etária. À medida que você vai
envelhecendo, e principalmente na população acima dos 40 anos, a prevalência de
diabetes é muito maior”, afirma.
Já
a qualidade de vida da pessoa com diabetes passa, sobretudo, pelo entendimento
pessoal das principais características da doença. Dessa forma, destaca ela, o
paciente consegue desenvolver habilidades e mudar o comportamento para um bom
controle de suas taxas.
Complicações
Do
contrário, acrescenta a médica, o diabético está sujeito às principais complicações
da doença, como a cegueira, o infarto do miocárdio, o Acidente Vascular
Cerebral (AVC) – hemorrágico ou isquêmico, assim como as complicações renais e
dos vasos periféricos. “Atualmente, 30% das hemodiálises são por conta do
diabetes. Com a lesão dos vasos periféricos, associada à lesão do nervo, você
desenvolve com muito mais frequência os pés diabéticos, que é a primeira causa
de amputação na população”, explica.
Ainda
conforme Adriana Forti, entre os hábitos ideais necessários para a pessoa com diabetes
está a alimentação saudável, a prática regular de atividade física, o
monitoramento das principais taxas, além da manutenção dos exames periódicos.
“É
muito importante que a gente passe a informação no sentido de que as pessoas
participem do seu tratamento. Ela é uma doença tão heterogênea, tem tantos
aspectos a serem trabalhados em nível terapêutico, mas a própria pessoa tem que
participar, porque é uma doença crônica que não tem cura, mas tem controle. O
paciente tem que ter empoderamento para o seu autocuidado”, reforça a
especialista. (Diário do
Nordeste)
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