A educação cearense segue despontando como líder nos índices de frequência escolar, mas resultados ainda são melhores nos níveis iniciais. É o que mostram os números da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quarta-feira (6).

Quase todas (98%) as crianças cearenses de 6 a 14 anos de idade estão cursando o ensino fundamental (EF). É o melhor resultado do Nordeste e quinto melhor do Brasil. Dividindo a faixa etária, 97,1% dos alunos de 6 a 10 anos estão nos anos iniciais e 90,5% daqueles de 11 a 14 anos estão nos anos finais do EF.

Por outro lado, a garantia da idade certa no ensino médio ainda exige avanço: um a cada quatro estudantes de 15 a 17 anos não está nas séries finais da educação básica. De acordo com o estudo, 73,5% dos adolescentes estão cursando o EM, contra 26,6% que estão possivelmente atrasados ou fora da escola (a pesquisa, porém, não especifica essas condições). É, apesar disso, o quinto melhor índice do Brasil.

Idade certa
O destaque do Ceará na área da educação se manteve também diante dos demais resultados. O Estado é, por exemplo, o segundo do Nordeste com mais jovens que concluíram ensino básico: 63,3% dos jovens de 18 a 29 anos têm no mínimo 12 anos de estudo – ou seja, completaram os ensinos fundamental e médio. É o segundo melhor índice do Nordeste.

O número representa aumento de 4,8 pontos percentuais desde 2016, tendo passado de 58,5% naquele ano para 63,3% dos jovens em 2018. A liderança no indicador, porém, é do estado de Pernambuco, onde 64,5% das pessoas naquela faixa etária cursaram os 12 anos do ensino básico (nove do ensino fundamental mais três do ensino médio). Os 36,7% restantes dos jovens cearenses de 18 a 29 anos ainda não estudaram o período mínimo para conclusão do ensino básico.

Divisão
A síntese mostrou, ainda, a porcentagem de cearenses que frequentam instituições públicas e privadas, conforme os níveis de ensino. No ensino infantil, 69% das crianças estão na rede pública, 31% na privada; no fundamental, 77,6% estudam em escolas públicas, 22,4% em privadas; no médio, os índices são de 88,8% e 11,2%, respectivamente.

A situação se inverte quando os cearenses chegam ao ensino superior: menos de um terço ocupa as vagas públicas e 67,6% recorrem às universidades e faculdades privadas. Recortando apenas a capital, a diferença é ainda maior: 29% dos fortalezenses estão nas instituições de ensino superior públicas, contra 71% que ocupam a rede privada.

A SIS 2019 é baseada, segundo o IBGE, nas edições da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) Contínua de 2012 a 2018, e mostra também o panorama dos estados e capitais no mercado de trabalho.                   (Diário do Nordeste)

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