FOTO: Sandro Valentim
Licenciado do Senado, Cid Gomes (PDT) descartou ontem participar de eleições em 2020 ou mesmo depois. "Eu não serei mais candidato a nada", disse durante evento de inauguração do novo comitê do PDT estadual, cuja presidência o ex-governador passa agora a exercer no lugar do deputado federal André Figueiredo.  

Questionado se irá retomar o mandato de senador a partir de abril do ano que vem, quando se encerra o período de 120 dias fora do Legislativo, o ex-governador reiterou: "Eu não serei candidato, pode ter certeza disso. Nunca fui de duas palavras. Tenho um mandato conferido pelo povo cearense que me coloca na responsabilidade até 2026. Como é que vou pensar ainda em ser candidato?".

O nome de Cid voltou a circular nos bastidores depois do pedido de afastamento momentâneo do Senado. Na vaga, assume Prisco Bezerra (PDT), que fez ontem primeiro pronunciamento no Congresso. 

Sobre os planos para a organização do partido no Ceará, Cid afirmou que terá o "desafio de estruturar até março, onde ainda não funciona, o PDT" e que se sente no dever, "hoje já com os cabelos caindo e muitos ficando brancos, de procurar ajudar a construir alianças". 

De acordo com o Ferreira Gomes, sua tarefa principal "é formar o maior conjunto de alianças possíveis na maior quantidade de municípios possíveis, dentro da base que dá apoio ao governo Camilo Santana". E alfinetou o PT: "O PDT, diferente de alguns partidos, não tem um sentimento hegemonista. Nós não achamos que nós somos o único partido que presta". 

Além do senador e de André Figueiredo, participaram do evento o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o secretário municipal de Governo, Samuel Dias, o presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto, o secretário da Casa Civil do Estado, Élcio Batista, e o dirigente nacional da sigla brizolista, Carlos Lupi. 

Cid também comentou o texto da reforma da Previdência enviado pelo governador à Assembleia nesta semana. "Não tenho conhecimento detalhado do projeto, mas a informação que eu tenho é de que é uma reforma muito diferente da reforma proposta pelo governo Bolsonaro, a qual a gente se portou contra", declarou. 

O pedetista disse ainda que "Camilo está fazendo pela necessidade" e que "é uma reforma que respeita os mais pobres, os direitos adquiridos e assegura sustentabilidade para que o sistema como um todo funcione e o próprio estado mantenha sua condição de investimento". 

"O Camilo me mostrou ontem uma projeção de gráfico", prosseguiu Cid. "Se nada for feito, nós teremos em 2026, um déficit de cerca de R$ 3 bilhões. Se a gente não fizer alguma, vamos ficar sem condição de investimento."                        (O Povo)

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