FOTO: Helene Santos
Com o objetivo de abrir um canal de comunicação entre o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e os cidadãos, a Ouvidoria do órgão saiu a campo para informar a população sobre como é feito o trabalho de defesa de direitos sociais. A ação surtiu efeito e, neste ano, até o dia 3 de dezembro, já acumulou 5.330 manifestações do público. Elas são lideradas por problemas ligados ao direito de pessoas idosas e à área da saúde. 

Embora 2019 ainda não tenha terminado, o número de denúncias recebidas neste ano já é 95% maior que todas as obtidas no ano passado, quando foram registradas, ao todo, 2.733 manifestações. O número deste ano é ainda mais distante que o de 2010, com 1.126. 

Segundo o MPCE, 30% das demandas se referem ao desrespeito aos direitos dos idosos, incluindo maus-tratos e abandono. Outros 20% estão ligados a reclamações sobre serviços de saúde pública, como hospitais lotados e postos de saúde sem medicamentos. Em seguida vêm relatos de improbidade administrativa, que envolvem casos de funcionários-fantasma, nepotismo, licitações irregulares e acúmulos de cargos, com 15%. Problemas relativos a concursos públicos somam 12%. 

Acompanhamento 
Para a procuradora de Justiça e ouvidora-geral do MPCE, Vera Maria Fernandes Ferraz, o incremento nas denúncias é resultado da maior divulgação do serviço em 2019. Nos anos anteriores, o trabalho era focado em cidades de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. "O interior participa muito. O cidadão foi tomando conhecimento da existência da Ouvidoria, e cada vez mais foi crescendo o interesse", explica.                          (Diário do Nordeste)

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