Açude Tijuquinha, localizado em Baturité. FOTO: Mateus Dantas

O Ceará tem atualmente onze barragens que passam por reparos. Destas, nove formam a lista dos reservatórios cearenses que exigem maior cuidado segundo o Relatório de Segurança de Barragens de 2018 da Agência Nacional de Águas (ANA), o mais recente do tipo e divulgado em dezembro passado. O principal alerta são anomalias estruturais. 

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) tem seis açudes em obras, todos incluídas no rol da ANA: Ayres de Souza (Jaibaras), Forquilha, Lima Campos, Paulo Sarasate (Araras), Roberto Costa (Trussu) e Várzea do Boi. "Todos esses reservatórios fazem parte do Programa de Segurança de Barragens e foram investidos R$ 15 milhões, mais de R$ 7 mi só na Lima Campos, a mais urgente e que deve ser entregue ainda em janeiro", explica o coordenador de Obras do Dnocs, Roberto Sérgio Limeira Paula. "Estamos recuperando trechos de revestimentos, limpando os canais e o entorno, recuperando equipamentos hidromecânicos, cuidando dos taludes (paredes dos açudes), entre outras ações. Atualmente nenhuma oferece riscos, nem mesmo com o período chuvoso." As barragens Frios, com projeto de reparo em elaboração, Pompeu Sobrinho (Choró-Limão), já licitada, finalizam a lista de barragens críticas monitoradas pelo Departamento. 

Já a Cogerh promete terminar em fevereiro as obras preventivas que realiza em cinco barragens de responsabilidade estadual. A medida acontece nos açudes Cipoada, em Morada Nova; Broco, em Tauá; Tijuquinha, em Baturité; Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza; e Colina, nos Sertões de Crateús. "É uma manutenção corretiva contra erosão e fuga de água, que são os problemas mais recorrentes. Nesses casos a gente faz recomposição de aterro, além de proteção granular e dos taludes para evitar novas erosões", explicita Mikaelle Duarte, da gerência de Segurança e Infraestrutura da Companhia. Ela garante que, apesar de a data para conclusão coincidir com o início da quadra chuvosa, as precipitações não atrapalham o andamento das obras que têm investimento em torno de R$ 3,5 milhões.  

A Companhia monitora 155 barragens, sendo responsável pela garantia da segurança das 89 que são do Estado. As demais são de responsabilidade do Dnocs ou prefeituras, no caso de barragens municipais."O trabalho de monitoramento é contínuo com um agente de guarda e inspeção em cada um dos reservatórios, responsável pela limpeza geral e por observar toda a estrutura. Além disso duas vezes por ano são realizadas inspeções", conta a gerente da Cogerh. De acordo com o órgão, a manutenção atual tem contrato de um ano e, desde novembro passado, já foram concluídos reparos nos reservatórios Barra Velha e Cupim, no Sertão de Crateús, e no açude Monte Belo, no Araripe.

(O Povo)

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