FOTO: Fabiane de Paula
O ensino médio público do Ceará tem avançado e obteve resultados recordes em língua portuguesa e matemática, em 2019. As médias de pontuação do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece), divulgadas nesta quarta-feira (15) pelo Governo do Estado, mostram que os alunos atingiram os melhores índices em ambas as disciplinas, desde 2012. 

O maior avanço foi em língua portuguesa: pela primeira vez em oito anos, os estudantes do 3º ano do ensino médio alcançaram nível intermediário de proficiência, com 278,2 pontos registrados no ano passado. Em 2018, o nível era crítico, com total de 271,6 pontos. Na escala do Spaece para português, resultados até 225 são considerados de nível muito crítico; de 225 a 275, crítico; de 275 até 325, intermediário; e acima de 325, adequado. 

O desempenho da maior parte dos alunos da rede estadual no ano final do ensino básico foi intermediário (39,6%); com 31,5% em nível crítico; 15,5%, adequado; e 13,5%, muito crítico. De acordo com a Secretaria da Educação (Seduc), 97,1% dos alunos matriculados participaram da avaliação. A única localidade com 100% de participação foi o município de Horizonte. 

Melhorias 
As dificuldades em matemática seguiram tendência histórica e se evidenciaram novamente: apesar de terem atingido o melhor índice no período, a proficiência na disciplina ainda é crítica, com 274,3 pontos em 2019. O valor foi ligeiramente superior a 2018, quando os concludentes do ensino básico obtiveram 272,5 pontos na prova.

Mais de 70% dos matriculados que realizaram o Spaece 2019 estão nos níveis muito crítico (41%) ou crítico (31,5%), e apenas cerca de 27% deles se dividem entre os níveis intermediário (15,5%) e adequado (11,6%) de proficiência. 

Na escala do Spaece para matemática, resultados até 250 são considerados de nível muito crítico; de 250 a 300, crítico; de 300 até 350, intermediário; e acima de 350, adequado. 

O governador do Ceará, Camilo Santana, destacou o foco em avaliação diagnóstica, qualificação dos professores e investimento em material estruturado como o principal tripé para avanço nos resultados. Além deles, a ampliação do ensino em tempo integral e a atenção às competências socioemocionais dos estudantes são listadas como estratégias para os bons índices. 

“Estudos já mostram que as escolas de tempo integral têm melhor desempenho que as regulares. Neste ano, serão mais 25 escolas destas no Ceará. A cada três instituições de ensino médio, uma já é de tempo integral”, declarou o chefe do Executivo estadual. 

Apesar de comemorar os bons resultados, Camilo reconheceu que os índices dos estudantes da rede pública cearense ainda não são satisfatórios, principalmente em matemática, “que é o grande desafio”. “O que nós queremos é chegar ao nível adequado, é um desafio constante. Mas é importante ter transparência, mostrar que há uma evolução contínua, e parabenizar estudantes e professores”.                            (G1 CE)

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