Polícia armou estratégia e prendeu suspeita
de estelionato em shopping de Fortaleza
Uma mulher identificada como Flávia Marabá Leal foi presa em flagrante nesta sexta-feira (7) quando tentava obter ingresso de uma festa realizada em Fortaleza. Flávia forjava identidades de pessoas vinculadas a emissoras de televisão do Ceará para obter cortesias, conforme a polícia, e enganou pelo menos quatro pessoas. 

A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informou que foi acionada para a ocorrência de estelionato. A tenente Júlia Dantas, da Assessoria de Polícia Comunitária da Polícia Militar do Ceará, participou do flagrante ocorrido em um shopping de Fortaleza. A policial conta que a diligência começou após as vítimas perceberem que seus nomes vinham sendo utilizados pela estelionatária. 

Conforme a polícia, na sexta-feira Flávia contratou serviço de um motoboy para retirar ingressos em uma loja do shopping e entregar até uma pessoa na administração de um outro shopping. Ao chegar ao local a pessoa, que também era vítima, já não estava mais no local. 

Segundo a tenente, a suspeita ligou para o motoboy e pediu que ele fosse até uma livraria, onde a prima dela receberia a encomenda. Os policiais acompanharam o processo de entrega e ao chegarem na livraria avistaram Flávia. 

Após denúncias das vítimas, policiais prenderam a suspeita em flagrante quando ela tentava aplicar um novo golpe. 

"Quem estava lá, desta vez, era a própria Flávia. Eu encaminhei ela até o 2º Distrito Policial e lá na delegacia ela confessou. Por ela ser do meio da comunicação e já ter trabalhado em uma TV, sabia em nome de quem pedir ingressos. Pegava um número de telefone qualquer, colocava a foto de alguém da TV e entrava em contato com empresas se passando por aquela pessoa para fazer os pedidos", explicou a a policial. 

Antecedente criminal 
A Polícia Civil do Ceará informou que Flávia já tinha antecedentes criminais por estelionato e foi novamente autuada em flagrante por este crime. Ainda conforme a polícia, segue a investigação em busca por identificar vítimas da suspeita. No depoimento, ela disse às autoridades que sabe que errou e estava arrependida, mas só teria feito isto porque precisava do dinheiro da venda das cortesias para ajudar a família. 

A reportagem buscou saber se a suspeita teria advogado de defesa para se pronunciar sobre a prisão, mas durante depoimento, Flávia informou que não havia constituído advogado e não queria indicar contatos da família para que os parentes fossem avisados da sua detenção. 

O G1 apurou ainda que Flávia Marabá Leal chegou a se passar por uma possível patrocinadora de um festival de música com a finalidade de obter informações sobre quais profissionais estavam na organização do evento: "O que ela fazia ficou recorrente e aí as vítimas começaram a perceber", acrescentou a tenente. 

Ela deve ser submetida a uma audiência de custódia, na qual deve ser decidido se continuará presa ou será solta.                            (G1 CE)

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