Ruas do Centro de Fortaleza ficam vazias com o avanço da pandemia de coronavírus. FOTO: Beatriz Farias
Cerca de cinco mil denúncias foram registradas pela Polícia Militar em relação ao descumprimento do decreto estabelecido pelo governador Camilo Santana como forma de prevenção ao novo coronavírus. Um total de 15 pessoas foram detidas pela PM. 

O número, de acordo com o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Alexandre, foi atingido no período entre a última sexta-feira (20) e segunda-feira (23), com pico no início desta semana. 

"São comércios dos mais variados tipos, barbearias, igrejas de forma geral, também de situações vinculadas a estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas", disse o Coronel em entrevista nesta quinta-feira (26). A maior parte da resistência tem vindo das regiões mais periféricas, ainda que a população esteja respeitando as medidas tomadas pelo Governo do Estado. 

"A gente quer frisar que a população tem colaborado, isso é importante dizer, colaborado em cumprir o decreto e em também oferecer essas denúncias para que a Polícia Militar possa chegar, fazer as devidas orientações e, caso elas não sejam acatadas, encaminhar à Polícia Civil para que ela possa fazer o procedimento legal", apontou o Comandante Geral. 

Até o momento, a conscientização tem sido a forma de abordagem em locais onde o descumprimento está sendo praticado.

Em casos de resistência, ele aponta, o proprietário será encaminhado a um delegacia com base no que informa o artigo 268 do Código Penal. "Nós tivemos 15 ocorrências registradas até agora, nove delas na Região Norte, quatro na Região Sul e outras duas na capital", pontua. 

Além do comércio, as ações para garantir a ausência de aglomerações tem sido seguidas em relação à população de todo o Ceará. De acordo com Coronel Alexandre, o patrulhamento tem sido realizado de forma constante. 

"Além das denúncias, a Polícia Militar faz o policiamento ostensivo, tá orientada, existe uma diretriz operacional para isso, para que nossos policiais saibam como agir. Eles fazem primeiro um processo de conscientização para as pessoas, informando do decreto, das penalidades, da responsabilidade social que cada um tem", relata. 

Até então, as ações tem dado resultados. "As pessoas têm colaborado. Posso até citar um exemplo concreto. Na nossa passagem sempre observamos as paradas de ônibus e as pessoas que precisavam utilizar o transporte coletivo estavam respeito a distância de segurança de dois metros uma da outra. A gente nota que o fluxo de transportes tá bem menor e as pessoas tem atendido o chamado", finaliza.       (G1 CE)

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