FOTO: Gustavo Pellizzon |
Mas, ao amanhecer desse festivo dia, na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Juazeiro do Norte, o pároco e reitor da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, Padre Cícero José da Silva, elevou a Deus o sacrifício de louvor, em comunhão de orações e de sentimentos com todos aqueles que têm o patriarca do Nordeste como fiel intercessor.
FOTOS: Rozelia Costa |
Há 176 anos, na cidade de Crato, nascera Cícero Romão Batista. Ordenado sacerdote, chegara ao povoado do “Joazeiro”, aos 28 anos, para guiar o povo na fé. Os tempos eram difíceis, a seca ameaçava e não havia assistência das autoridades políticas.
Padre Cícero ouvia os problemas e apontava caminhos para resolvê-los; dava conselhos: "Quem matou não mate mais, quem roubou não roube mais"; incentivava os trabalhos e empreendimentos: "Em cada casa um oratório, em cada quintal uma oficina" e consolava nas tribulações: "Deus nunca deixou trabalho sem recompensa, nem lágrima sem consolação". Por causa das virtudes e do zelo pastoral, passou a ser tratado de forma mais próxima, familiar: "meu padrinho". O carinho era correspondido: “Meus amiguinhos”.
O povoado cresceu, virou cidade, e mesmo após sua partida, o “padrinho” não abandonou o rebanho: "Do Céu, estarei pedindo por vocês".
"Ele marcou e marca a fé do nordestino, do brasileiro e de outros espalhados pelo mundo. É exemplo de bom cidadão e cristão. Por isso, hoje, o homenageamos e pedimos, sem cessar, a sua intercessão. A vida dele, testemunho e obediência nos dão força para perseverarmos, principalmente neste tempo de pandemia", considerou Padre Cicero José. Ele aproveitou a ocasião para fazer um convite especial, como gesto de gratidão e de unidade: às seis da noite, em casa, junto à família, acender uma vela em ação de graças ao nascimento do querido padrinho.
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