A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedeci) de Juazeiro do Norte, considerando a transformação no comportamento do consumidor diante da pandemia, realizou uma pesquisa para identificar quais os hábitos de consumo atuais e o que se pode esperar depois do fim do isolamento social. 

Foram entrevistadas 860 pessoas, através de formulário digital, no período de 4 a 10 de maio. A partir do resultado, os negócios locais podem se reinventar, repensar seu formato, produtos e processos para atender ao novo mercado. 

Os 860 entrevistados têm de 18 a mais de 50 anos e moram em cidades do Cariri, predominantemente em Juazeiro do Norte (62%). 75% deles têm ensino superior, 22% ensino médio e 3% ensino fundamental. Do total, 57% são mulheres e 43% são homens. 

Quanto à classe social, 82% estão na CDE e 18% na AB. Destaca-se que 10% tiveram o contrato de trabalho suspenso e estão recebendo auxílio do governo, 10% estão com carga horária e salário reduzidos e outros 10% encontraram uma nova fonte de renda. 

Alimentação, medicamentos e mais leitura 
Referente ao consumo de alimentação, 66,2% dos entrevistados disseram que estão desembolsando mais dinheiro. Já a compra de medicamentos só aumentou para 31,7% dos caririenses, enquanto 64,1% mantêm o mesmo gasto. A maioria, 75,3%, também não está gastando mais com cursos ou conteúdos pagos para ler. Acredita-se que isso se deve ao fato de muitos sites estarem disponibilizando, gratuitamente, materiais em diversas áreas do conhecimento. No entanto, 14,5% das pessoas entrevistadas estão investindo mais nesse tipo de serviço, provavelmente, buscando trocar ociosidade por capacitação. 

Incremento no home office 
No quesito eletrodomésticos, 25,8% dos entrevistados revelaram que estão comprando mais. Os destaques são aparelhos de ar-condicionado e TVs. Mas, 20,3% diminuíram o consumo dos produtos. Equipamentos, móveis e itens de papelaria estão sendo mais procurados por 26,4% dos caririenses. Eles querem incrementar o home office e se entreter mais. No segmento da beleza e cosméticos, 24,2% dos entrevistados seguem comprando, enquanto 75,8% deixaram de lado esses gastos. No campo dos artigos esportivos, a queda foi maior. 91,5% pararam de comprar. 

Supermercados
Ainda segundo a pesquisa, 62,3% dos consumidores têm preferido comprar de supermercados, embora pequenos negócios de bairros venham ganhando mais espaço. Foram escolhidos por 24,4% das pessoas, à frente de grandes redes. 

Compras pela internet 
Quando o assunto foi comprar pela internet, 38% dos entrevistados declararam que ainda não fizeram essa adesão e 62% estão comprando de forma digital. Majoritariamente, as compras são feitas em empresas locais, onde já existia a prática de compras físicas. Questionados sobre qual meio digital estão usando para comprar, 42,4% apontaram o WhatsApp, 38,6%, Instagram, e 19%, aplicativos e sites. 

Após o confinamento, 64% dos entrevistados não têm pretensão de gastar com supérfluos. A prioridade será o essencial. Outros vão investir em viagens, festas, cinema e eventos de esporte, focando no lazer e entretenimento. No comércio, a maior parte das compras tende a ser de vestuário e calçados. Ainda são opções os eletrônicos e utensílios domésticos. 

"O nosso objetivo é direcionar melhor o empresariado a driblar os desafios impostos pela Covid-19, visando que a economia se desenvolva", ressalta o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Juazeiro do Norte, Michel Araújo. 

A pesquisa da Sedeci, na íntegra, está disponível no link http://www2.juazeiro.ce.gov.br/arquivos/IMPACTO-NOS-HABITOS-DE-COMPRA-E-CONSUMO-Final.pdf

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