Com mais de 6.045 casos de covid-19, a região do Cariri enfrenta, desde as últimas semanas, uma situação cada vez mais crítica da pandemia do novo coronavírus. Enquanto Juazeiro do Norte permanece como a cidade com maior número de infectados - 2.847 pessoas, segundo o boletim epidemiológico desta segunda-feira (29), Crato foi retratado numa pesquisa do Fantástico, programa da Rede Globo, como a quinta cidade - entre dez do país - com maior aumento de casos nos últimos 14 dias: 344,68%. Nesta segunda-feira, o Município contabilizou 832 confirmações. 

O crescimento de pessoas infectadas e óbitos ocasionados pela covid-19 levou o Governo do Ceará a direcionar as atenções para os municípios caririenses, com a adoção de duas medidas. A primeira delas é ampliação de municípios em isolamento social rígido, mantendo Juazeiro e acrescentando Barbalha, Crato e Brejo Santo. A segunda medida foi o envio, ao Cariri, do secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto. A vinda, segundo o próprio gestor, tem o intuito de organizar e planejar ações de enfrentamento ao novo coronavírus. Entre elas, estão o estabelecimento de metas e a ampliação da rede de saúde. 

“No início, achávamos que a região do Cariri seria pouco afetada. Então ela começou a fazer parte do isolamento no Ceará como um todo e, agora, é preciso um planejamento local”, reconhece o secretário. Até o dia sete de julho, o Governo do Ceará promete enviar à região caririense 100 dos 300 respiradores adquiridos recentemente. A maior parte dos aparelhos será destinada para o Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro, e unidades de saúde de Crato, Barbalha e Brejo Santo. “Ainda tem vários municípios menores, como Missão Velha, que vão receber entre um e dois respiradores”, menciona Dr. Cabeto. 



Conforme o secretário, o enfrentamento ao novo coronavírus no Cariri também será reforçado nos próximos dias, com a destinação de uma unidade que faz os mesmos testes realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Atualmente, as amostras coletadas em pacientes suspeitos são encaminhadas para o Lacen, em Fortaleza. Além da demora, existem riscos relacionados ao transporte do material até a capital. O Estado ainda analisa a possibilidade de instalar unidades de drive thru na região, para ampliar a quantidade de testes. “Porque se você testa pouco, você só vai enxergar o caso tardiamente”, justifica o secretário.

(Fonte: Jornal do Cariri)

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