“É uma doença inflamatória pós-covid, acontece de 3 a 4 semanas depois de apresentar o novo coronavírus e a criança desenvolve essa patologia (..) pode acontecer de maneira grave, como doença cardíaca inclusive, e requer um tratamento específico”, explica Caio Malachias pediatra e Diretor do Hospital Luis França da rede Hapvida, em Fortaleza. 

José Neto começou sentindo dores abdominais e foi consultado na emergência do Hospital Padre Cícero, em Juazeiro do Norte. De acordo com pediatra e coordenador da emergência pediátrica, Felipe Macêdo “O José Neto chegou com o diagnóstico de Covid, considerado um paciente curado, mas apresentando dor abdominal. A princípio foi liberado com medicação para casa já que apresentava só esse sintoma”. 

Como as dores persistiram e começou a apresentar um quadro também de diarreia procurou novamente o hospital. “Diante desse quadro foi solicitado o internamento dele e durante o internamento, começou a apresentar algumas lesões principalmente na pele, nos olhos e na boca. Vendo esse quadro clínico associado a um histórico de Covid e a dor abdominal com diarreia, a gente já estava sabendo que estava tendo alguns casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica e logo pensamos que podia ser isso. A pressão dele já estava ficando baixa. Ele foi internado na UTI e começamos o tratamento específico com a hemoglobina endovenosa”, relata o pediatra Felipe. 

“Esse tratamento foi iniciado adequadamente no Hospital Padre Cícero, em Juazeiro, mas com a possibilidade da complicação da doença eles optaram por remover essa criança para Fortaleza no Hospital Luis França. O José Lima Neto deu entrada no hospital com um quadro moderado grave. O tratamento instituído no hospital foi uma continuidade do tratamento no Hospital Padre Cícero. O primeiro exame de coração que ele fez quando deu entrada no hospital deu normal. Uma semana depois apresentou uma alteração cardíaca, crise hipertensivas. Todas foram sanadas com o tratamento que foi realizado no hospital e com uma boa evolução de um tratamento perfeito, explica Caio Malachias, pediatra. 

Durante o tratamento, os pais do menino tiveram que ser fortes, afinal estavam diante do sofrimento do filho Jose Neto. A mãe do menino, Luziana Pereira relata que “ele sentia muita dor, mas ao mesmo tempo que ele gritava de dor, ele tinha muita força”. 

Teve um dia que a médica falou que o que tinha de ser feito, eles fizeram e não havia mais o que ser feito. Foi nesse momento que o pai de José procurou a força divina. “Veio em meu coração o homem e a ciência, a medicina chegou ao seu limite, agora é a hora de Deus intervir. Vinte e uma horas depois foram repetidos os exames de sangue e três horas depois, a médica entrou no quarto fechando o ciclo de 24h dando o resultado de que todas as taxas dele já estavam regularizadas e ele estava apto para receber alta, conta o pai da criança José Lima Filho emocionado. 

Agora o José Neto já está em casa. Segundo o pediatra Caio Malachias “Ele já pode voltar as suas atividades de forma gradativa, tanto as alimentares, como as físicas, mas ainda vai levar um tempo para voltar ao normal por conta das alterações cardíacas”. José Neto agradece o apoio de todos nesse momento. “Muito obrigado a todos, estou com muita saudade de todos, tenho bastante coisa para fazer e para me recuperar melhor, logo vou ficar 100%”. 

(Fonte: Blog do Boa)

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