Após o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmar nesta sexta (24) que as políticas públicas implementadas pela pasta já estão refletindo “fazendo a diferença” para o País, em especial no que se refere à redução de custo dos fretes para o agronegócio, o empresariado local reagiu e disse que essa não é a situação vivida pelo setor na região. Os custos com o frete podem chegar a 40% do preço do produto, segundo aponta José Amilcar Silveira, presidente da Câmara Setorial do Agronegócio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). 

“Não percebemos essa diminuição de forma alguma. Não existe custo do frete caindo. Aqui para nós continua tão oneroso quanto antes”, destaca Silveira, pontuando que o frete mais oneroso é no transporte de milho e soja vindos de Mato Grosso. 

Os grãos são utilizados no Estado para ração de animais. “Para nossa demanda, nós somos importadores de grãos, nossa produção é muito baixa para o que precisamos de ração”, explica. 

O ministro da Infraestrutura citou a pavimentação da BR-163, no Pará, como melhoria para o setor, indicando o Estado de Mato Grosso como grande beneficiado. 

Transnordestina 
De acordo com Amilcar, para o Ceará, o que reduziria drasticamente o valor do frete e, consequentemente dos produtos, seria a construção da Ferrovia Transnordestina. 

“Nos ajudaria de sobremaneira, pois poderíamos trazer os insumos da Bahia, que é um grande produtor e mais próximo, por um custo muito menor. Hoje, o modal nosso é praticamente só rodoviário, por isso que esta ferrovia tem para nós a mesma importância da transposição do Rio São Francisco”, afirma Amilcar. 

Sobre mais melhorias na área de infraestrutura, o ministro afirmou que o governo está “na iminência” de aprovar a prorrogação antecipada dos contratos da estrada de ferro que ligará Vitória (ES), a Minas Gerais, e da Estrada de Ferro do Carajás. “Isso é importante porque, da Estrada de Ferro Vitória-Minas, vamos assinar, como contrapartida, o contrato de integração da ferrovia de integração do Centro-Oeste”, explicou Freitas.                                (Diário do Nordeste)

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