A Prefeitura de Juazeiro do Norte estuda adotar a Ivermectina como protocolo de imunização contra o novo coronavírus (covid-19). O prefeito Arnon Bezerra disse avaliar com a equipe da Secretaria de Saúde a eficácia do medicamento. Caso seja adotada, a medicação obedecerá a um planejamento de distribuição. O prefeito observa que o medicamento está sendo experimentado em várias cidades do Brasil e do Mundo, com resultados positivos. Arnon avalia que os decretos de isolamento social mais rígido não estão surtindo o efeito desejado e que o Município precisa fazer tentativas para barrar o avanço do vírus e, consequentemente, das mortes. 

Apesar de ter iniciado as pesquisas e estudos sobre o medicamento, o prefeito garante que tudo será decidido em consonância com a equipe de saúde do Governo do Estado. Segundo Arnon, todas as decisões no Município foram alinhadas ao Governo e, agora, não seria diferente. 

A secretária de Saúde, Glauciane Torres, disse que, no momento, a Prefeitura e a Secretaria continuam realizando as licitações para aquisição de todos os medicamentos usados no tratamento da covid-19, incluindo a Ivermectina. A medicação é usada no tratamento da doença entre os doentes com baixa e média complexidade. 

Especificamente sobre uma mudança no protocolo da Ivermectica, Glauciane disse que a possibilidade foi proposta pelo prefeito Arnon e que o grupo está dedicado ao estudo da viabilidade. Caso seja adotada, a distribuição seria feita de forma controlada, inicialmente entre idosos e pessoas com comorbidades, pertencentes a grupos de risco. 

Apesar da medida estar sendo pensada de forma isolada, o tema ganha repercussão nos outros dois municípios do Crajubar. O município de Barbalha não descarta a adoção da medida, mas esbarra nos valores e na disponibilização do medicamento no mercado, graças a alta demanda gerada recentemente. O valor do medicamento nas farmácias teve aumento, em média, de 300%. 

O prefeito de Argemiro Sampaio (PSDB) disse não ter iniciado, de forma oficial, qualquer discussão sobre a adoção, mas garante que tem acompanhado as decisões que envolvem municípios que adotaram a medicação para distribuição em massa. O prefeito citou o caso de Itajair, em Santa Catarina, que recebeu um pedido de explicação por parte do Ministério Público, após a adoção da medicação. 

Argemiro ressalta que a medicação está sendo usada nos hospitais, em doentes de baixa e média complexidade, e que tem informação de que equipes médicas já estão tomando doses do medicamento a cada 15 dias, como forma de prevenção ao contágio, mesmo sem avaliação de eficácia. 

No Crato, o prefeito Zé Ailton Brasil (PT) disse que não houve qualquer posição no sentido de avaliar o uso da medicação como medida preventiva. O prefeito ressaltou que esse tipo de decisão deve partir da sua equipe médica, mas que até agora nada foi discutido neste sentido. 

(Fonte: Jornal do Cariri)

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