FOTO: Fernanda Alves
Em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU), a Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15), as Operações Quadro Negro, Fruto de Espinho e Beremiz, simultaneamente, apreendendo documentos e mídias para investigação de suposto superfaturamento na aquisição de livros didáticos, paradidáticos e aplicativos de ensino de matemática para crianças por parte da Secretaria de Educação de Juazeiro do Norte (Seduc) entre os anos de 2018 e 2019. 

Entre os 31 mandados de busca e apreensão feitos pela PF no Cariri, Belém e São Paulo, esteve a busca de material na casa da Secretária de Educação de Juazeiro do Norte, Maria Loureto. Apesar a apreensão realizada na casa da Secretária, o Superintendente Regional em exercício, Murilo Gimenes, afirma que só será possível a definição da culpa após a análise do material arrecadado. 

Documentos e mídias também foram apreendidos em uma residência particular no município de Barbalha, mas não envolve a Prefeitura da cidade, e sim pessoas ligadas às empresas investigadas. 

O Procurador da República, Celso Mota, que também integra a equipe de investigação, afirma que a verba da aquisição é oriunda do precatório do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e está avaliado entre 17 e 18 milhões de reais. 

Celso Mota explica que, na maioria dos casos, eram feitas dispensas de licitação. “Chamou atenção primeiro o valor dos livros e principalmente a forma como foram feitos, porque são livros não tão conhecidos, e não existia justificativa técnica para aquisição”. Em comparação com a aquisição dos mesmos livros no Pará, a valor em Juazeiro do Norte foi mais de 50% maior, justifica o Procurador. Alguns dos livros adquiridos chegaram a ser distribuídos no município. 

Durante a operação houve um flagrante, com de apreensão de arma de fogo na casa de uma das pessoas investigada na zona rural. 

Com as apreensões, a PF investiga os possíveis crimes de fraude de licitação, peculato, superfaturamento, organização criminosa e possível lavagem de dinheiro. 

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação de Juazeiro do Norte e aguarda nota sobre o assunto.

(Fonte: Site Badalo)

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