Mais de oito décadas de vida não é qualquer marca e precisa ser comemorada, independente da situação. Foi com esta motivação que a equipe médica do Hospital São Raimundo, em Limoeiro do Norte, se reuniu, na semana passada, para festejar duas situações emocionantes: o aniversário de 83 anos da aposentada Carmelita de Souza Silva, e sua alta da Unidade de Terapia Intensiva, onde estava internada desde 12 de julho após contrair a Covid-19. 

Com direito a bolo de aniversário e votos de felicidade dos profissionais da saúde, a idosa segurou uma plaquinha de vitória enquanto atravessava, de cadeira de rodas, os corredores da unidade. 

Após deixar a UTI, Carmelita ainda precisou ficar internada, no hospital, por mais alguns dias, até receber alta médica e voltar para casa, nesta quarta-feira (22). Em Jaguaribe, ela vive com o esposo, Antônio Nunes da Silva, de 74 anos, e uma profissional auxilia nos cuidados do casal. “Para a gente e para ela, receber alta no dia do aniversário foi um presente maravilhoso dado por Deus”, conta a única filha do casal, Izabel Cristina de Souza Marques, 35.

“Foram lágrimas e mais lágrimas, mas graças a Deus passou. Espero que a história da minha mãe ajude outras pessoas, que vejam que vai dar tudo certo”.

Complicações 
Dona Carmelita tem Alzheimer, doença neurodegenerativa progressiva que causa deterioração cognitiva e da memória de curto prazo, e, por isso, ainda não consegue recordar e verbalizar todos os momentos. A filha, no momento, realiza esta mediação. Ela conta que a mãe está se recuperando e voltando às medicações, interrompidas por conta do tratamento contra o novo coronavírus. 

Carmelita também é portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que dificulta a passagem do ar pelos pulmões, um fator que contribui para o agravamento da Covid-19. “Dia 8 de julho, a gente percebeu que ela estava cansada, mas, até então, estava bem. No dia 10, ela passou mal, com falta de ar, e foi para uma UPA. Sem melhora, ela precisou ir para Limoeiro, dia 12. Ela estava bem, na máscara de oxigênio e, felizmente, quarta-feira, teve alta”, comemora a filha. 

“Quando ela teve alta foi uma alegria muito grande. Uma pessoa de 83 anos, com problema pulmonar, conseguir vencer, é maravilhoso. Agora, ela está em casa bem e a tendência é só se recuperar e ficar cada dia melhor”.                                 (Diário do Nordeste)

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