Um dos transportes mais conhecidos da Índia, inclusive motivo de turismo local, é o famigerado “tuk-tuk”. Um pequeno veículo de três rodas que possui tração e motores de uma motocicleta e que podem transportar entre duas e quatro pessoas além do motorista é sucesso até mesmo no Brasil. O transporte acaba de chegar no Ceará, sendo estreado em setembro e pode inclusive ser uma nova tendência nos transportes locais, além dos mototáxis e Ubers, previsto para funcionar em breve também no Cariri. 

Inicialmente, o serviço estará disponível nas cidades de Itapipoca, Quixadá, Santa Quitéria e Boa Viagem, sendo estas escolhidas pela empresa LocaTuk, que investiu cerca de R$ 250 mil reais na aquisição de veículos elétricos vindos da China, destinados ao transportes de curta distância dentro do perímetro urbano. O empresário e um dos sócios da empresa, Miguel Andrade, afirma que deve começar o negócio por estas cidades menores, para depois chegar aos grandes centros. 

“Foi decidido começar por estas cidades pequenas no Ceará para que pudéssemos testar esse novo modelo de negócio. Queremos evitar o mesmo que aconteceu com o serviço do Uber, que ganhou proporções inimagináveis. Imaginamos então que para ser mais sólidos, podemos testar no interior para depois aplicar na realidade caótica das grandes cidades”, afirma o empresário. 

Miguel afirma que a ideia será expandir futuramente o negócio, que deve chegar tanto para a capital Fortaleza quanto para o Cariri, nas cidades do Crajubar. “Visamos com certeza chegar a Juazeiro do Norte e nas cidades do Cariri, mas primeiro vamos tomar a experiência deste negócio com cidades menores e ver como ele se adapta”. 

Serão inicialmente 12 veículos distribuídos para as quatro cidades iniciais do projeto, onde cada uma terá três Tuk-Tuks disponíveis. “É um veículo limpo que não agride o ambiente, além de promover mobilidade urbana em cidades que não têm transporte público a preços baixos”, disse. 

Inspiração 
Miguel afirma que o transporte de Tuk-tuk elétrico é bastante comum e popular em Portugal, a exemplo da capital Lisboa, que possui veículos que podem caber até seis passageiros. Ele também comentou que, nas cidades maiores no Estado, os Tuk-tuks deverão operar em um modelo mais restrito, buscando atender às movimentações dentro de um mesmo bairro, zona ou região. 

“Há uma ano visitei Lisboa e vi que era uma coisa muito comum. Usam esses veículos para deslocamento curtos. Resolvi trazer para o Brasil visando essa oportunidade de o usuário se locomover em trajetos menores”, completa. 

Os veículos, que são importados da China, chegaram em São Paulo no dia 27 de julho. No Ceará, devem circular já na segunda quinzena de setembro, montados e adesivados. Uma viagem com cerca de dois quilômetros, segundo ele, deve custar em torno de R$ 5, podendo o usuário solicitar um tuk-tuk através do aplicativo Tuker. 

O empresário anseia que, caso o serviço ganhe espaço, este deve ser levado para outras regiões do país neste formato de veículos elétricos. Andrade explica que o serviço já está regulamentado no Brasil pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e pode ser emplacado em qualquer unidade do Detran nas localidades. 

Motoristas 
Para quem quer ser motorista do transporte, deverá pagar em formato de leasing, aluguel mensal de R$ 400. O valor cobre o triciclo e um seguro para danos e acidentes. O App Tuker cobra taxa de até 25% de comissão. 

“O leasing se encerra após 36 meses, quando os pilotos poderão optar em ficar com o triciclo, como proprietários, pagando um residual em torno de R$ 3.500 ou devolver o Tuk Tuk”, diz a empresa em nota. Depois desse tempo, o motorista poderá optar por alugar um equipamento novo. 

Outros estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, também possuem sua frota, mas com veículos movidos a gasolina ou diesel, alguns de fabricação local utilizando motocicletas adaptadas.

(Fonte: Site Badalo)

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