Estudantes de oito municípios cearenses não devem voltar às aulas presenciais este ano, somente em 2021, segundo decisão conjunta tomada pelos municípios. Foto: Helene Santos |
Em nota, a gestão municipal de Caucaia informou que o coletivo “decidiu continuar as aulas do período letivo de 2020 de forma remota. As aulas presenciais serão retomadas a partir de 2021”. As prefeituras de Maracanaú, Maranguape e Aquiraz confirmaram o posicionamento.
Sondagem feita pela Associação dos Municípios do Ceará (Aprece) no início deste mês de setembro concluiu que, dentre os 184 municípios cearenses, 125, ou seja, 67,9% expressaram que não pretendem retomar aulas presenciais este ano, somente em 2021.
Nilson Diniz, presidente da Aprece, diz que a orientação dada aos municípios é “que eles possam procurar avaliação técnica da parte sanitária, juntamente com a secretaria da saúde municipal e com o conselho de saúde”. Além disso, ouvir a sociedade. “É muito importante que a gente tenha aprovação, também, dos conselhos municipais de educação”, ponderou.
Autonomia dos municípios
A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) não informou ainda quantos municípios cearenses já decidiram retomar aulas apenas em 2021. Se limitou a dizer que cabe às prefeituras optar pelo retorno conforme autorização e regulamentação do Estado.
“Desde junho, a Seduc vem realizando amplo processo de construção do Plano de Retomada das Atividades Presenciais, baseado no diálogo, por meio de reuniões com as prefeituras e secretarias municipais da Educação”, afirmou, em nota, o órgão.
Decreto estadual
O último decreto do Governo estabeleceu que mais séries escolares, dentro da macrorregião de Fortaleza, poderiam retomar as atividades presenciais a partir de 1º de outubro.
Educação de Jovens e Adultos (EJA), com 35% da capacidade; 1º, 2º e 9º ano do Ensino Fundamental, com 35% da capacidade; 3º ano do Ensino Médio e Educação Profissional, com 35% de capacidade; Educação Infantil, com 50% da capacidade.
Nos demais municípios do Estado, foram liberadas apenas as atividades presenciais de Educação Infantil da rede privada, limitadas a 30% da capacidade. A única exceção é o Cariri.
(Diário do Nordeste)
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