Por Redação Gazeta do Cariri

As carnes são os produtos alimentícios mais comuns nos pratos dos brasileiros, no churrasco de final de semana e nas comemorações festivas, onde geralmente se junta a família, amigos e vizinhos. Mas, nos últimos meses, mesmo durante a pandemia, ocorreu um aumento significativo no quilo. 

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) destaca que a arroba do boi segue firme e com motivos para buscar novos patamares. 

De acordo com o Centro de Inteligência da Carne Bovina (Cicarnes) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as exportações de carne bovina estão em alta, em comparação com o mesmo período de 2019: em abril foram exportadas 650 toneladas a mais por dia em média, onde o continente asiático foi o principal destino no primeiro trimestre. 

O Consultor Rural da Campo Forte e Zootecnista, Niraldo Muniz, destaca que o fator mais importante para que o preço da carne venha aumentando é justamente as exportações, além dos insumos agropecuários e falta de animais de reposição destinado ao abate. “Produtos como a carne bovina e a carne suína são procurados fora do país e o preço que é vendido lá, estimula o aumento dos preços no mercado interno também. Outro fator que está relacionado são os produtos utilizados na produção alimentícia animal, como o milho e a soja, que vem sofrendo um aumento significativo do preço, por fim, a falta de bezerros diminui a quantidade de animais de abate isso é dado pela baixa produção e abate de fêmeas”, disse. 

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destaca que as Exportações de carne suína alcançaram 100 mil toneladas em julho e que os embarques cresceram 47,9% em relação ao mesmo período de 2019. O saldo total de julho chegou a US$ 203,1 milhões, número 37,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. 

Ásia é o principal destino das exportações 
A Cicarnes lembra que a China consome 47% de toda a produção bovina exportada. Devido aos efeitos causados pela pandemia e pela febre suína africana, a produção do país ficou comprometida, o que resultou em alta na demanda por produtos de outros países, como o Brasil. No mês de maio, o Brasil concluiu ainda as negociações com a Tailândia para a venda de carne bovina, um mercado com geração de US$ 140 milhões por ano. 

Já, a alta das vendas de carne suína para a região chega a 82,9% na comparação entre janeiro e julho deste ano e o mesmo período de 2019, com 456 mil toneladas exportadas neste ano. Apenas para a China foram 282,1 mil toneladas, número 143% superior ao mesmo período de 2019. Hong Kong, com 107,7 mil toneladas, aumento de 17%, Cingapura com 32,9 mil toneladas e um aumento de 49%, e Vietnã com 16,9 mil toneladas, correspondente a 90%. 

Consumidor, pesquise antes de comprar 
A Agência Commonike pesquisou os valores da carne bovina em três estabelecimentos de Juazeiro do Norte.

No frigorífico 1, o quilo de Filé Mignon, tido como produto de primeira qualidade, está custando R$ 42,00, a Maminha, que está em um patamar de corte intermediário, está sendo vendida a R$ 35,00 e carne moída de segunda, custa R$ 14,00. 

No frigorífico 2, o Filé Mignon está R$ 44,90, a Maminha R$ 32,90 e a carne moída de segunda, R$ 16,90. 

Já no frigorífico 3, o Filé Mignon custa R$ 41,00, a maminha R$ 36,90 e a carne moída de segunda R$ 18,90. 

É possível perceber uma variação considerável entre os preços de cerca de 35%, com diferença de R$ 4,90 entre a maminha dos estabelecimentos 2 e 3 e na carne moída do 1 e do 3. Com isso, observa-se que comprar no primeiro lugar que se encontra o produto não é vantajoso, nem carne congelada de supermercado, a menos que seja “Dia de Promoção”. Casas de carnes, frigoríficos e mercados são locais onde se encontra carne fresca e mais barata, popular “carne do dia”. Observar as condições de higiene, claro, também deve ser tão importante quanto o preço.

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