FOTO: Thiago Gadelha |
A boa notícia é que nenhum dos tratados apresentou reações negativas. “Não recebemos nenhuma notificação de reação transfusional, ou seja, não teve nenhum evento adverso associado a essa transfusão. Se o paciente tivesse apresentado alguma coisa, o Hemoce teria ciência dessa reação”, explica a médica Denise Brunetta, diretora de hemoterapia do Centro.
Os pacientes, segundo ela, foram tratados principalmente nos municípios de Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte. “Pelas requisições de transfusão que recebemos, a maior parte dos pacientes apresentava quadros graves de Covid e estavam em ambientes de Unidades de Terapia Intensiva, ou seja, eram pacientes mais críticos”, garante Brunetta. A médica, contudo, não tem informações sobre a evolução clínica dos tratados.
“São evidências ainda pequenas porque é uma doença nova com a qual a gente ainda está aprendendo a lidar. Temos trabalhos na literatura científica que mostram benefícios, mas há outros que ficam na dúvida se esse benefício é real”, afirma.
No Ceará, o uso é individualizado e depende da solicitação do médico responsável pelo paciente.
De acordo com Fernando Barroso, chefe da Unidade de Onco-Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (Huwc), o plasma convalescente é utilizado em tratamentos desde o século 19 e já contribuiu em epidemias como a gripe espanhola, em 1918; a H1N1, em 2009, e o ebola, em 2013.
Segundo o médico, o Huwc teve autorizado no Comitê local um estudo clínico de maior abrangência que inclui a avaliação sanguínea e o uso de medicamentos em 77 pacientes com Covid. Para a condução das pesquisas, ressalta a necessidade do termo de consentimento entre pacientes e profissionais de saúde.
(Fonte: Diário do Nordeste)
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