Em Monsenhor Tabosa, o açude permanece seco, com apenas 0,5% de sua capacidade
Apesar da boa quadra chuvosa (fevereiro a maio) registrada neste ano, seis das 12 bacias hidrográficas do Estado estão em situação crítica para abastecimento de água, conforme a Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH). 

As bacias em criticidade são: Banabuiú (13,9%); Médio Jaguaribe (14%); Curu (28,4%); Alto Jaguaribe (31,7%); Sertões de Crateús (38,9%); Salgado (39,1%). 

O secretário executivo da SRH, Aderilo Alcântara, explica que este cenário pode ser explicado pela irregularidade nas precipitações. 

“Uma das características do semiárido é a irregularidade das chuvas e há regiões que choveu bem, mas outras não houve recarga satisfatória nos reservatórios”, observou. 

A estimativa da SRH é que até o fim deste ano, cerca de 80% dos reservatórios do Ceará alcancem o nível verificado em outubro de 2015, com volume médio de 15%. Atualmente, os 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) acumulam 34,2%. 

Hoje o Ceará tem 26 açudes com volume acima de 90% e 52 inferiores a 30%. Dois reservatórios estão secos (Jatobá em Ipueiras; e Madeiro em Pereiro) e outros 12 em volume morto. 

Abastecimento 
Os municípios de Choró, Monsenhor Tabosa e Pedra Branca, no interior cearense, são os três classificados até o momento em situação crítica para o abastecimento de água de suas sedes urbanas. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) em parceria com a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) e as prefeituras municipais definem, neste mês, ações para atendimento às famílias por meio de operação-pipa no núcleo urbano. 

“Ao término da quadra chuvosa, o cenário já apontava dificuldades para o último quadrimestre do ano para essas três cidades, sendo que Monsenhor Tabosa continua sendo a mais crítica”, observou o diretor de operações para o interior da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece), Hélder Corteza. 

Em Pedra Branca, o Açude Trapiá acumula apenas 3,4%. Em Monsenhor Tabosa, o açude homônimo, permanece seco, com apenas 0,5% de sua capacidade. A cidade com cerca de 17 mil habitantes é abastecida por cerca de 30 poços profundos perfurados pelo governo do Estado nos últimos três anos. Já o reservatório Pompeu Sobrinho, em Choró, está com 5,2%. 

A Cedec informou que mesmo em períodos mais críticos verificados nos últimos quatro anos nenhuma cidade ficou sem abastecimento alternativo. “Temos a Operação Pipa para os centros urbanos que é atendida pela Defesa Civil estadual em parceria com a coordenadoria municipal, após reconhecimento de decreto de emergência e elaboração de um plano de trabalho”, explicou o coronel dos Bombeiros Militares, Roldaine Pereira. 

Há dois anos, a situação de criticidade para abastecimento era mais grave, com 46% centros urbanos em situação crítica de abastecimento e risco de colapso.                       (Fonte: Diário do Nordeste)

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