'Se o estupro é inevitável, relaxa e goza', declarou professor em uma videoaula com alunos. FOTO: Reprodução
Um professor de uma faculdade particular de medicina pediu demissão após fazer um comentário sobre estupro, em uma aula remota nesta terça-feira (29), em Juazeiro do Norte. 

Durante uma videochamada com alunos, o docente disse: “Bora lá? Bora pra acabar logo, né? É aquela coisa: se estupro é inevitável, relaxa e goza pra acabar logo”. 

A declaração foi gravada pelos estudantes, que divulgaram um vídeo do momento em que o professor faz o comentário. A gravação mostra que dois alunos perguntam o que ele havia dito, e o professor respondeu, rindo: “Nada. Esqueçam. Quem escutou, escutou, quem não escutou, deixa pra lá”. 

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informou que não há boletim de ocorrência denunciando o comentário de apologia ao estupro proferido pelo professor. 

A instituição de ensino superior lamentou o ocorrido e informou, em nota, que entrou em contato com os alunos para que prestassem esclarecimentos sobre o caso. “A faculdade lamenta o ocorrido e ressalta que atua na promoção de um ambiente acadêmico respeitoso e já entrou em contato com os alunos para prestar esclarecimentos. A direção informa que o docente não integra mais o quadro de colaboradores. A instituição permanece à disposição dos estudantes”, declarou a Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (FMJ). 

Em nota enviada ao G1, o professor disse que pediu demissão depois do episódio. "Lamento profundamente pelo ocorrido. Utilizei uma frase extremamente infeliz. Ainda na aula percebi o erro e pedi desculpa. E entendendo a gravidade pedi demissão no dia seguinte. Aos meus alunos, à minha família, aos meus amigos e colegas de trabalho e a todos que tomaram conhecimento desse episódio, as minhas mais sinceras desculpas", disse o docente. 

Após o ocorrido, o professor também fez uma reunião com os universitários, em que se desculpou pela declaração e justificou que a frase dita era uma analogia com uma situação onde os estudantes tenham alguma “prova com muito conteúdo ou sequências de plantões”. "Peço desculpas pela forma que me expressei. Isso era uma brincadeira que a gente fazia na época da faculdade e não foi no sentido de falar em relação às mulheres, de forma alguma”, afirmou.                             (Fonte: G1 CE)

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