O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou a compra de 147 câmaras refrigeradas para o Estado nesta quarta-feira (21). O valor do investimento é de R$ 2,8 milhões. A compra será feita por meio de licitação aberta pela Secretaria da Saúde (Sesa). Os equipamentos hospitalares serão usados prioritariamente para o armazenamento das vacinas contra o coronavírus. 

De acordo com o governo do Estado, das 147 câmaras refrigeradas, 143 itens são de 200 litros e quatro itens de 300 litros. 

"Estamos nos antecipando e permitindo que os municípios cearenses tenham a estrutura necessária para receber e armazenar de forma eficaz as vacinas contra a Covid, quando elas forem disponibilizadas pelo Governo Federal", disse o governador Camilo Santana (PT). 

Nesta terça-feira (20), Camilo participou de reunião com governadores do país e Ministério da Saúde. Na ocasião, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, informou que a previsão é de que, até o fim de janeiro, deverão ser entregues as primeiras 30 milhões de doses da vacina produzida em parceria com a Universidade de Oxford. 

Conforme o cronograma da fundação, seriam distribuídas no país 100 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e 110 milhões de doses no segundo semestre. 

"O Ceará continua acompanhando de perto a evolução desse processo, que é aguardado com muita ansiedade por todos. Lutaremos para que uma vacina segura e eficaz chegue o mais rápido possível para todos os brasileiros", disse Camilo. 

Compra da Coronavac 
O Ministério da Saúde anunciou na última terça-feira (20) a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina que está sendo produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac. O acordo foi realizado durante reunião do ministro da saúde, Eduardo Pazuello, com governadores. Em terceira fase de testes, a compra só será efetivada após o imunizante receber um registro Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

O presidente Jair Bolsonaro, entretanto, manifestou-se nesta quarta-feira (21) por meio de comentário em rede social, afirmando que a vacina chinesa "não será comprada". A mensagem foi publicada em resposta a um comentário crítico ao anúncio do Ministério da Saúde sobre a compra das vacinas em questão.

"Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da Ditadura chinesa", comentou um usuário. Bolsonaro respondeu, em caixa alta: "Não será comprada".

O governador Camilo Santana comentou, também por meio de redes sociais, a respeito da declaração de Bolsonaro. "Que o Governo Federal guie suas decisões sobre a vacina da Covid por critérios unicamente técnicos. Não se pode jamais colocar posições ideológicas acima da preservação de vidas. Lutaremos para que uma vacina segura e eficaz chegue o mais rápido possível para todos os brasileiros", disse.

(Fonte: Diário do Nordeste)

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