Sobre o primeiro turno, o governador afirmou que não entrou na campanha de nenhum candidato porque tinha dois aliados na disputa. FOTO: Natinho Rodrigues

Com a definição do nome de Sarto Nogueira (PDT) e Capitão Wagner (Pros) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de Fortaleza, o governador Camilo Santana (PT) anunciou, nesta segunda-feira (16), publicamente, apoio ao candidato pedetista e voltou a elevar o tom contra o candidato do Pros.

Em coletiva de imprensa nesta segunda, o governador conclamou partidos e candidatos derrotados a integrarem o arco de alianças do pedetista.

“Eu tenho a certeza e a garantia de que o Sarto representa o melhor para Fortaleza, e o meu desejo era conclamar a todos que querem o bem de Fortaleza, a todos os candidatos que fizeram parte do primeiro turno, a todos os partidos a se somarem à candidatura do Sarto no segundo turno”, reforçou o chefe do Executivo Estadual. 

Na ocasião, o petista também elevou o tom contra Capitão Wagner, classificando-o como “representante do Bolsonaro” e “candidato do ódio”. 

“Eu me posicionei em relação ao candidato adversário, porque ele procurou nesse primeiro turno esconder a sua participação direta nos dois motins que ocorreram no Estado. Eu que vivi e vivenciei o problema este ano, sei o quanto isso representou para os cearense. É o candidato que usou a política da violência para buscar atingir os seus objetivos pessoais. E isso tenho procurado combater insistentemente”, ressaltou Camilo se referindo a Capitão Wagner.

Sobre o primeiro turno, o governador afirmou que não entrou na campanha de nenhum candidato porque tinha dois aliados na disputa. “Eu tenho uma parceria administrativa e política com o PDT e respeito a candidatura do meu partido, que é a da Luizianne”, pontuou.

Busca por alianças
Nesta segunda-feira (16), tanto Capitão Wagner como Sarto afirmaram já ter começado a conversar com os candidatos derrotados em busca de aliança.

Wagner projeta que alguns postulantes devem se posicionar de forma neutra, sem declarar apoio a ele ou ao seu adversário. “Aqueles que têm uma expressão maior de voto demonstram uma certa neutralidade. O Heitor Férrer já demonstrou essa neutralidade, acredito que a Luizianne vai demonstrar essa neutralidade. […] Acredito que o desafio vai ser conquistar os eleitores de todos esses candidatos”, afirmou.

Para o concorrente do Pros, a igualdade no tempo de propaganda no rádio e na TV no segundo turno deve lhe ajudar a se sobressair no segundo turno. “A gente começou a campanha com a pesquisa apontando entre 33% e 35% dos votos. A gente terminou com 33% e alguma coisa. Então, a gente manteve um voto bem fiel na campanha, apesar de tanta pancada, de tanta calúnia e difamação na propaganda de rádio e TV. Nosso tempo era muito curto e acredito que agora, com um tempo igual, a gente vai mostrar a verdade para cidade, mostrar o nosso programa, que é o melhor indiscutivelmente”, reforçou.

Já Sarto diz que as definições sobre a ampliação do seu arco de alainças devem sair nos próximos dias. “Comecei a fazer alguns contatos com todos os candidatos que não tiveram êxito nesse primeiro momento. […] Cada partido tem suas instâncias para definir formalmente a posição. A maioria dessas reuniões está ocorrendo agora ou mais tarde, e creio que já, já a gente terá notícias em relação a ampliar o arco de aliança”, ressaltou.

Sobre estratégias para os próximos dias, ele afirma que não vai “ceder a ataques pessoais”. “Eu não vou cair nessa cilada de fazer um debate no campo pessoal, meu debate será na linha de apresentar projetos, comparar propostas, trajetórias”, concluiu.

(Fonte: Diário do Nordeste)

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