FOTO: Mandel Ngan / AFP

O presidente Donald Trump se declarou vencedor da eleição americana na madrugada desta quarta (4), mesmo antes do encerramento da apuração dos votos, e voltou a afrontar a democracia dos EUA.

"Eles sabiam que não poderiam vencer e disseram 'Vamos à Suprema Corte'", disse o republicano em referência aos opositores democratas. "Isso é uma fraude. É uma vergonha para o nosso país. Francamente, nós ganhamos esta eleição". 

"Nós vamos à Suprema Corte", completou, insistindo na narrativa que vinha apresentando nas últimas semanas. 

A vitória autodeclarada, porém, não tem validade legal, e a disputa à Casa Branca permanece indefinida, com votos ainda sendo contados na maior parte dos estados. 

Até 4h desta quarta (hora de Brasília), com as primeiras projeções, o democrata Biden acumulava, segundo o jornal New York Times e a agência de notícias Associated Press, 224 dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral americano. 

O republicano Trump, por sua vez, somava 213 pontos. E continuavam indefinidos 8 dos 50 estados. 

O movimento de Trump era esperado como um novo recurso de sua cruzada que, há meses, tenta minar a confiança no pleito e fazer da eleição uma batalha na Justiça. 

Quase nove pontos atrás de Joe Biden na média das pesquisas nacionais, o presidente lançava dúvidas sobre a integridade do processo, afirmando, sem provas, que a votação por correio levaria a fraudes. 

Trump se aproveitou dos esperados atrasos e distorções iniciais que o recorde de votos pelo sistema postal causou para manobrar na saída na apuração. Isso porque estados que começam a contagem pelo voto presencial, como a decisiva Pensilvânia, poderiam colocar Trump na frente no começo da apuração, já que essa é a forma de votar preferida dos republicanos. 

O cenário, porém, estava sujeito a mudanças conforme fossem contados os votos por correio, opção feita por mais democratas.

(Folhapress)

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