A frente de esquerda em Crato tem motivos para permanecer otimista. A professora Zuleide Queiroz (PSOL), mesmo em quarto lugar na disputa de 2020 pelas eleições, viu subir sua votação, atingindo cerca 11% do eleitorado. Foram 6.956 votos em uma campanha que, além de curta, não contou com recursos vultuosos. Usou menos de 1% do limite legal de gastos, fixado em R$ 721 mil.

A título de comparação, a candidatura mais à esquerda em 2016, de Cacá Araújo (PC do B), obteve  1.819 votos (2,83%), na ocasião apenas três chapas disputaram a eleição, e o vencedor foi Zé Ailton Brasil, ainda pelo PP. Em 2018, Zuleide Queiroz foi a quinta candidata mais votada para a Câmara Federal em Crato, com 3.893 votos (6,26%).

O salto na aprovação desse ano vai na esteira de uma nova fase do PSOL. A investida é puxada pela candidatura de Guilherme Boulos em São Paulo, que disputará o 2º turno com Bruno Covas, do PSDB. 

Em Potengi, no Cariri, houve também a eleição histórica de Edson Veriato, primeiro prefeito do PSOL no Ceará. Com limite legal de gastos fixado em R$ 123 mil, ele declarou ter investido R$ 23 mil na campanha. Potengi ainda elegeu dois vereadores psolistas.

Outra prova de que o partido ganha força na região é o desempenho da candidatura coletiva de mulheres, a Sementes, que recebeu 1.257 votos em Crato, e não foi eleito por conta da proporcionalidade. Pela lei de proporções, um candidato do PSL ganhou cadeira no Parlamento cratense com a metade dos votos obtidos pelo coletivo.

(Fonte: Site Miséria)

Post a Comment