O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou à Justiça por homicídio triplamente qualificado, nesta terça-feira (15), o homem suspeito de matar os próprios pais com golpes de enxada em Acarape, na região do Maciço de Baturité, a 62 km de Fortaleza. O crime ocorreu no dia 18 de novembro deste ano. 

A denúncia requer que sejam ouvidas as testemunhas arroladas e que o denunciado, Rafael Silva de Freitas, seja interrogado seja interrogado. A promotora de Justiça de Acarape, Maurícia Marcela Cavalcante Mamede Furlani, também pediu a manutenção da prisão preventiva já decretada nos autos da prisão em flagrante, bem como o decreto de pronúncia do réu, a fim de que seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado às penas. 


Frieza em depoimento 
Segundo o MPCE, após ser ouvido pelas autoridades policiais responsáveis pelo flagrante, o denunciado confessou o crime, informando com detalhes como o crime ocorreu, onde mostrou frieza e compreensão da realidade em que vive. 

Ainda de acordo com o MPCE, o denunciado tentando justificar os atos, como se tivesse alguma perturbação, relatou que achava que o pai era um demônio e que ele era Jesus Cristo, desta forma possuía o direito de matar seus genitores. 

Durante a confissão, o acusado informou que ordenou aos pais que se ajoelhassem para que ele executasse os homicídios, que eles tentaram resistir e fechar a porta, mas como o acusado era mais forte arrombou a porta e desferiu várias facadas, que o pai ainda tentou se defender e terminou contando que os pais “esboçaram terror quando estavam sendo esfaqueados”.

Depoimento de cunhado 
Em depoimento, o cunhado do denunciado informou que presenciou Rafael de Freitas atingindo a vítima Ubiraci de Freitas com facadas, momento em que entrou na casa e entrou em luta corporal com o autor do crime, tendo Rafael tentado fugir do local. O rapaz tentou fugir, porém foi amarrado pela testemunha com uma corda até a chegada da polícia. 

Ainda segundo o cunhado, “já havia histórico de discussão entre Rafael e os pais”, e que Rafael já teria agredido o genitor, que por causa do uso abusivo de drogas os pais desejavam internar o filho em uma clínica de reabilitação. Para o MPCE, o inquérito policial possui provas suficientes do crime e autoria do ilícito, em especial pelas provas orais colhidas pela autoridade policial e pelos laudos cadavéricos.

(Fonte: G1 CE)

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