Juazeiro do Norte está em 4º lugar

As riquezas produzidas pelo Ceará se concentram na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), conforme levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) dos 184 municípios do Estado. Os dados do estudo mostram que, em 2018, a atividade econômica da capital Fortaleza contabilizou R$ 67 bilhões, seguida por Maracanaú (R$ 10,4 bilhões) e Caucaia (R$ 5,07 bilhões). 

Veja a lista: 
Fortaleza (R$ 67 bilhões); Maracanaú (R$ 10,4 bilhões); Caucaia (R$ 5,07 bilhões); Juazeiro do Norte (R$ 4,8 bilhões); Sobral (R$ 4,7 bilhões); São Gonçalo do Amarante (R$ 4,22 bilhões); Eusébio (R$ 2,47 bilhões); Aquiraz (R$ 1,9 bilhão); Horizonte (R$ 1,7 bilhão); e Itapipoca (R$ 1,6 bilhão).

Crato está na décima terceira posição com um PIB de R$ 1,34 bilhão.

O levantamento, apresentado na manhã desta quarta-feira (16) conjuntamente pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que houve uma descentralização de riquezas no Estado nos últimos anos. Em 2018, o PIB da Capital cearense correspondia a 43% da atividade econômica do Estado, enquanto em 2002 esse percentual era de 46,7% - perda de 3,7 pontos percentuais. 

Os municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, por sua vez, ampliaram a participação na atividade econômica cearense, chegando a 2,71% e 3,26% em 2018, respectivamente. O analista de políticas públicas do Ipece, Daniel Suliano, destaca que os ganhos são explicados, em grande parte, pela instalação e desenvolvimento da atividade industrial na região. 

"Os ganhos devem-se, em grande parte, ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém, situado entre esses dois municípios e que vem atraindo novas indústrias para aquela região", detalha. 

PIB per capita 
O levantamento divulgou ainda as cidades com o maior PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes) do Ceará. O principal destaque é São Gonçalo do Amarante, com R$ 87,08 mil. O município cearense ficou entre os 100 maiores PIBs per capita do País (95ª colocação). 

Veja o ranking: São Gonçalo do Amarante (R$ 87,08 mil); Eusébio (R$ 46,8 mil); Maracanaú (R$ 46,2 mil); Horizonte (R$ 25,7 mil); Fortaleza (R$ 25,3 mil); Aquiraz (R$ 24,6 mil); Penaforte (R$ 23,5 mil); Sobral (R$ 23,1 mil); Quixeré (R$ 19,1 mil); e Pereiro (R$ 18,9 mil). 

Em contrapartida, cidades como Pires Ferreira, Tejuçuoca, Caridade, Catarina e Itatira, conforme destaca Suliano, apresentam os menores níveis de atividade econômica per capita do Estado. "Em 2020, pode ser que a gente dobre o PIB per capita de Pires Ferreira só com o auxílio emergencial", detalha ele. O PIB per capita de Pires Ferreira em 2018 foi de R$ 5,3 mil. 

Para o supervisor de Disseminação de Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Helder Rocha, o levantamento serve de insumo para o direcionamento de investimento público para promoção de regiões mais carentes. 

"Nós observamos que São Gonçalo disparou ao longo dos últimos anos e hoje possui o 95º maior PIB per capita entre os municípios brasileiros", pontua Helder Rocha. 

Setores 
O estudo também mostra os municípios que se destacam considerando os setores que compõem o PIB. Na Agropecuária, se sobressaíram as cidades de Beberibe, com produção de castanha, ovos e camarão; e Limoeiro do Norte, com produção de frutas como melão, melancia e pecuária irrigada. 

Em relação à indústria, o destaque fica com Fortaleza, Maracanaú e São Gonçalo. Suliano pontua, porém, o crescimento da participação de Trairí, que recebeu nos últimos anos investimento para a instalação de parques eólicos. 

No setor de serviços, Fortaleza, Maracanaú, Sobral e Juazeiro do Norte continuam mantendo posição de destaque, de acordo com o estudo.

(Fonte: G1 CE)

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