Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (14). FOTO: Reprodução/Ministry of External Affairs, India

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, afirmou nesta quinta-feira (14) que “é muito cedo” para dar respostas sobre exportações das vacinas produzidas no país, já que a campanha nacional de imunização ainda está só começando. A declaração foi dada em resposta a questionamentos sobre a entrega ao Brasil de 2 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Serum a partir da Universidade de Oxford e do Laboratório AstraZeneca. 

O porta-voz, no entanto, não deixou claro se a resposta vale para esse lote importado pelo Brasil. Um avião contratado pelo governo brasileiro decolou nesta tarde de Campinas rumo à Índia para buscar essas doses. A aeronave está em Recife e segue para Mumbai nesta sexta-feira (15).

Na coletiva de imprensa, os jornalistas também perguntaram se o Brasil seria o primeiro país a receber o imunizante da Índia e se a entrega não comprometeria o plano indiano de vacinação. 

“Como você sabe, o processo de vacinação está apenas no começo na Índia. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre o fornecimento a outros países, porque ainda estamos avaliando os prazos de produção e de entrega. Isso pode levar tempo”, disse Srivastava. 

A notícia foi publicada por veículos de imprensa tradicionais da Índia como o “Times of India”. Fontes ouvidas pelo jornal disseram que a exportação será adiada por alguns dias por “questões logísticas”. 

Em 5 de janeiro, o Itamaraty confirmou a aquisição das doses da vacina de Oxford produzidas no Insitituto Serum, após o governo indiano informar em um primeiro momento que a exportação do imunizante estava proibida. 

A Embaixada da Índia, o Planalto, e os ministérios brasileiros de Relações Exteriores e da Saúde foram contactados para confirmar a entrega das doses ao Brasil e, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido resposta. 

A vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca está sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve decidir neste domingo se concede autorização para uso emergencial no Brasil.

(Fonte: G1 CE)

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