O Ceará poderá ter uma nova fábrica da Fyber, tradicional marca cearense de buggys. Ainda não há previsão de início das operações, mas o empresário alemão que comprou a licença de produção dos veículos deverá se reunir com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Maia Júnior, na próxima semana para discutir o possível investimento. 

Segundo Maia Júnior, o empresário comprou os direitos de produção da Fyber e demonstrou interesse, através de uma consultoria, de investir em uma nova fábrica no Ceará. 

Não há, contudo, previsão do valor que poderá ser aportado nem das dimensões da fábrica, assim como o número de empregos a serem gerados.

"Um empresário comprou a licença da Fyber e, através de uma consultoria de projeto, eles me comunicaram o desejo de fazer a fábrica da Fyber no Ceará. Este empresário está vindo aqui na próxima semana para discutir as condições do projeto", disse o secretário. 

Troller 
Apesar dos buggys da Fyber terem sido desenvolvidos pelo menos criador da Troller, que lamentou a saída da Ford do Brasil, o negócio envolvendo o empresário alemão não tem conexão com a fábrica de utilitários off-road instalada em Horizonte. 

No entanto, Maia Júnior garantiu que o Governo do Estado segue mantendo esforços para encontrar um novo investidor para comprar a fábrica da Troller no Ceará. 

Histórico da Fyber
Os buggys da Fyber foram desenvolvidos no Ceará no início da década de 1980 por Rogério Farias, que idealizou os veículos após criar um modelo de carro anfíbio. A ideia era que o carro atravessasse pequenas faixas de água no litoral do Nordeste. 

Em 1982, foi criado o Fyber 2000, que segundo Farias era um veículo "com uma mecânica simples com chassi tubular usando um monobloco em plástico reforçado com fibra de vidro e componentes básicos". Ao todo, na fábrica que ficava em Fortaleza, foram produzidas 12.000 unidades em um período de 14 anos.

Seis anos depois, em 1988, foi criado o Fyber 3000,  um carro tipo jipe na versão 4x2 com a mesma concepção do Fyber 2000 (chassi tubular, corpo de fibra, motor traseiro refrigerado a ar). O modelo 3000, contudo, era equipado com uma carroceria semi-fechada, para-choques envolventes e duas portas.

(Fonte: Diário do Nordeste)

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