FOTO: Guto Vital

Destaque negativo no combate aos homicídios em 2020, o Ceará teve alta no número de assassinatos em mais da metade de seus municípios. Das 184 cidades cearenses, houve crescimento em 98 delas. Das cidades do Crajubar, o Crato possui a maior variação, estimando um aumento de 121% das mortes violentas em comparação a 2019. Houve aumentos expressivos na cidade de Barbalha (88%) e em Juazeiro do Norte (72%). Os dados foram levantados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará de acordo com os indicadores criminais de 2020. 

Juazeiro do Norte foi o município com maior número de mortes violentas registradas no ultimo ano, totalizando 134 homicídios em 2020, em relação a 2019 quando foram registrados 78 casos. Barbalha notificou 15 vítimas; enquanto em 2019 foram 9 assassinatos no município. Por fim, a cidade do Crato saltou de 24 homicídios em 2019 para 53 em 2020; contabilizando a maior variação na taxa de mortes violentas do Crajubar; 121%. 

Ceará 
O número de homicídio no Ceará disparou de 2.235 em 2019 para 4.039 em 2020, conforme dados do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. 

Um levantamento do G1 mostra a evolução dos assassinatos em todos os municípios do estado e apresenta os seguintes destaques: 

Fortaleza foi a cidade mais violenta, com 1.252 homicídios em 2020, crescimento de 84% em relação a 2019, quando ocorreram 679 assassinatos. Caucaia teve expressiva variação no Estado, ocorreram 361 homicídios em 2020; em 2019 foram 221. Já em Aquiraz os assassinatos mais que dobraram, crescendo de 41 mortes violentas em 2019 para 93 em 2020. 

Conforme estudiosos da segurança pública no Ceará, uma das causas para o aumento da violência no estado foi o motim da Polícia Militar, ocorrido em fevereiro de 2020, período em que os assassinatos dispararam. 

Durante os 13 dias da greve policial, em fevereiro de 2020, houve 312 homicídios, uma média de 26 por dia. Antes, a média era de 8 por dia. Mas o fato não é o suficiente para explicar, por exemplo, o aumento de 105% em abril, no primeiro mês das medidas de isolamento social no estado, afirmam os estudiosos. 

Segundo Ricardo Moura, pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará, fevereiro e abril foram os meses mais violentos desde o início da série histórica, em 2013.

(Fonte: G1 CE)

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