Foto: Ulrich Perrey/AFP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), o registro do primeiro medicamento de pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral Remdesivir. “Isso [registro do medicamento] é fruto de uma eficácia, segurança e qualidade apresentadas”, afirmou o gerente Geral Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

O especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, explicou que a empresa produtora do Remdesivir entrou com pedido de registro no Brasil em 6 de agosto.

Apesar de o registro ter sido concedido nesta sexta, Sanches afirmou que “ainda restam algumas pendências” que estão sendo pesquisadas sobre o produto, como o comportamento do insumo farmacêutico ativo, mas que a segurança e eficácia já foram comprovadas.

O Remdesivir é um medicamento sintético intravenoso que age impedindo a replicação viral. Ele pode ser armazenado em temperatura ambiente e com prazo de validade, segundo Sanches, de 36 meses.

O medicamento já está sendo usado de maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro. Por lá, ele é usado em adultos e crianças a partir de 12 anos e pesando mais de 40 quilos, que estejam hospitalizadas, mas só pode ser administrado por via injetável em um centro médico ou meio equivalente. Outra autorização emergencial foi acordada paralelamente para crianças com menos de 12 anos que pesem pelo menos 3,5 quilos.

Logo após a aprovação americana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o Remdesivir não é recomendado para pacientes hospitalizados com Covid-19, uma vez que o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença.

(Fonte: G1 CE)

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