FOTO: Kid Jr

Desde o dia 11 de março, a ocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais públicos e privados do Ceará com pacientes Covid é superior a 90%. Nesta quarta-feira (24), conforme dados do Integraus, plataforma da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), dos 1.532 leitos de UTIs ativos, 93,21%% estão ocupados. Em paralelo, no momento, 525 doentes aguardam vagas nas UTIs Covid no Estado.

Na segunda onda da pandemia, a ocupação dos leitos de UTI chegou a ficar acima de 90% em um dia janeiro, e depois em alguns dias de fevereiro. No início de março, o uso dos leitos voltou ser superior a esse patamar. Contudo, essa é a primeira vez que a situação se mantém por 14 dias consecutivos.

No Estado, durante a primeira onda, conforme dados do Integrasus, a lotação das UTIs superou o patamar de 90% durante alguns dias do mês de maio, quando houve pico dos casos na Capital, por exemplo. Mas, à época, o número de leitos do tipo disponíveis eram inferiores ao registrado no atual momento.

A quantidade de leitos para pacientes Covid varia de acordo com a situação epidemiológica do Estado. Com o aumento dos casos, as redes pública e privada buscam, em certo grau, ampliar as vagas.

O Integrasus registra que, na primeira onda, junho teve o dia como maior número de leitos de UTI ativos, com 1.220 vagas. Na segunda onda, dados da plataforma da Sesa indicam que na terça-feira (23), houve o maior registro de leitos de UTIs ativos, com 1.619.

Demanda por internação

Além das UTIs, a demanda por internação nos leitos de enfermaria também é alta. No momento, a ocupação dos leitos desse tipo está em 81,01% incluindo as estruturas nas unidades privadas e públicas. Nesta quarta-feira, 432 pacientes infectados pelo coronavírus esperam por uma vaga de enfermaria.

“O Estado do Ceará conta hoje com 1.159 leitos para atender exclusivamente pacientes com Covid. Hoje contamos com a ajuda do Ministério (da Saúde) para 722 desses leitos. o restante ainda é custeado integralmente pelo estado”, informa o secretário executivo de Atenção a Saúde e Desenvolvimento Regional da Sesa, Ivan Coelho.

A manutenção de cada leito de UTI, conforme o Governo do Estado, custa, em média, 80 mil reais por mês. No leitos habilitados pelo Ministério da Saúde, o Governo Federal repassa R$ 48 mil por mês. Assim, estados ou municípios têm que pagar além da instalação, cujo valor é entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, o complemento da manutenção.

Fonte: Diário do Nordeste

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