Em maio, pico da doença do novo coronavírus no Ceará, foram 967 mortes em casa. Foto: Camila Lima

O platô dos casos de óbitos na segunda onda de Covid-19 no Ceará, ou seja, a estabilidade após o pico, deve acontecer por volta do fim de abril de 2021, de acordo com uma projeção elaborada pelo professor André Lima Ferrer de Almeida, do Departamento de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará (UFC).

A projeção leva em consideração dados como a taxa de contágio da doença no estado e outros dados históricos extraídos da plataforma IntegraSUS, da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, durante o período de 01/12/2020 até 01/03/2021. Os resultados da análise foram gerados pelo sistema de Monitoramento Preditivo (SIMOP).

O Simop utiliza dinâmicas para obter resultados, e nesta análise os pontos considerados foram:

Impacto dos casos assintomáticos
Impacto da taxa de testagem
Evolução das hospitalizações
Impacto de saturação hospitalar
Impacto de subnotificação de óbitos

O professor, que é doutor em engenharia de teleinformática, explica que as curvas de infectados e de óbitos projetadas podem apresentar desvios para mais ou para menos devido ao lapso temporal entre o número de casos em investigação (não considerados no modelo) e o número de casos confirmados da doença até a data em que a projeção foi realizada (21/03/2021).

Curva projetada da média móvel de óbitos por Covid-19, no Ceará. Foto: André de Almeida/UFC

A disparidade entre os casos confirmados e casos registrados causa uma subnotificação dos números reais da pandemia no estado, o que também pode impactar na evolução da curva projetada.

“Além disso, as projeções consideram manutenção da taxa de transmissão atual durante o período estudado. Variações nesta taxa, para mais ou para menos (que, por sua vez, depende do grau de isolamento social), podem acarretar variações nos resultados”, complementa André de Almeida.

(Fonte: G1 CE)

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