Ocupação de leitos de UTI no Ceará ainda continua acima de 90%. Foto: Raquel Oliveira

Um dia antes do início da flexibilização do isolomento social rígido no Ceará, pelo menos 575 pessoas com Covid-19 esperam por leitos em Unidades de Terapia Intensiva no Ceará. Outros 336 pacientes aguardam vagas em enfermarias no Estado. De acordo com dados do IntegraSus,  plataforma da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), na manhã deste domingo (11), 93,05% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 79,43% de enfermarias do Estado estão ocupadas.

Em Fortaleza, a situação é parecida. As UTIs têm a mesma porcentagem de ocupação do Ceará. Enquanto isso, as vagas em enfermarias estão 86,64% ocupadas. Ao mesmo tempo, 263 pessoas esperam transferências para leitos, sendo 193 para UTIs e 70 para enfermarias.

De acordo com a plataforma, 19 unidades de saúde, entre públicas e privadas, têm leitos de UTI para pacientes com Covid-19 100% ocupados. Outras nove unidades contam com ocupação de 90% ou mais de suas UTIs disponíveis para pessoas com coronavírus.

FLEXIBILIZAÇÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL
Nesta segunda-feira (12), o Ceará começa a flexibilizar o isolamento social após quase um mês de lockdown. Comércio, shoppings e restaurantes poderão voltar a funcionar seguindo as regras de um novo decreto estadual. Assim como em 2020, a retomada é gradual e prevê liberação de apenas 25% da capacidade dos estabelecimentos no início. Durante os fins de semana, as medidas mais rígidas continuam em vigor e somente serviços essenciais poderão funcionar.

Em 2020, a taxa de ocupação de leitos foi um dos critérios para garantir a segurança da retomada econômica após o lockdown. De acordo com o parâmetro estabelecido pela Sesa na época, o Estado só avançaria no plano de flexibilização com taxa de ocupação de UTIs abaixo de 85%. 

Para permitir a volta de atividades não essenciais a partir de amanhã, o governador Camilo Santana apontou uma tendência de diminuição de casos e de procura de assistência médica. No entanto, durante live, apontou a necessidade de continuar com medidas de distanciamento. "Existe uma tendência da transmissão viral, mas lembrando que a situação continua em alerta. Nós não podemos relaxar um minuto em relação a essa pandemia", afirmou.

Fonte: Diário do Nordeste

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