Na segunda quinzena de março passado, a escassez de oxigênio hospitalar deixou alguns hospitais do interior cearense desabastecidos por algumas horas, colocando em risco o fornecimento a pacientes internados. Três semanas depois, a crise foi amenizada na avaliação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece) e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems). As três entidades descartam risco imediato de desabastecimento.

Uma articulação entre a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), o MPCE, a Aprece e o Cosems tratou do problema que afetava os hospitais médios e pequenos que dependem dos cilindros de oxigênio, têm reduzido estoque e há dificuldade de distribuição e reposição, mediante o crescimento da demanda em até 300%.

Mobilização

A Sesa e a Aprece continuam mobilizadas e monitorando a situação. “Aqueles dias de agonia passaram e o fornecimento de oxigênio melhorou”, pontuou o vice-presidente da Aprece e prefeito de Várzea Alegre, Zé Hélder. “Avaliamos que a situação está sob controle”.

O diretor da Aprece observou que “hospitais que usavam seis cilindros de oxigênio por dia, passaram em determinado momento necessitar de 22 no mesmo prazo”.

Os representantes das três instituições que acompanham o problema esclarecem que a escassez do gás decorreu da reduzida quantidade de cilindros em determinados hospitais e da dificuldade na logística de distribuição entre os fornecedores e as cidades.

Para a presidente do Cosems, Sayonara Cidade, “a articulação entre a Aprece e a Sesa, sob o acompanhamento do Ministério Público, foi um trabalho bem feito, que socorreu hospitais em vias de colapso”. Ela frisou que o fornecimento de oxigênio foi ampliado com a entrada de mais uma empresa de envasamento dos cilindros. “Por enquanto não há risco de uma nova crise”, reafirmou.

Escassez de oxigênio

Segundo o promotor de Justiça, Enéas Romero, o MPCE vem atuando sempre que há informações de escassez de oxigênio em determinada cidade. “Aquela crise que vivenciamos foi diminuída de forma substancial”, disse.

“Pode ocorrer algum problema pontual por causa de distribuição e por quantidade pequena de cilindros para reposição”.

Enéas Romero também frisou que para o Ceará “houve uma ampliação na oferta e que a Sesa assegurou cilindros aos pequenos hospitais que tinham estoque reduzido, mas que viram o consumo aumentar consideravelmente há três semanas”.

Fonte: Diário do Nordeste

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