Marielle Franco, assassinada com seu motorista Anderson Gomes em março de 2018, era vereadora no Rio de Janeiro (RJ) pelo Psol (Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio)

A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) aprovou nesta quinta-feira, 13, o Projeto de Lei 88/2021, que institui o “Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres” no Ceará. O texto é de autoria do deputado Renato Roseno (Psol) e co-autoria de Augusta Brito (PCdoB), Romeu Aldigueri (PDT), Salmito Filho (PDT) e Elmano Freitas (PT). Ora aprovada, a data passará a constar no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Ceará, que dedicará o dia 14 de março à memória da vereadora assassinada no Rio de Janeiro em 2018.

O projeto defende que, uma vez instituída, a data facilita “a realização de divulgações, seminários e palestras nas escolas, universidades, praças, teatros e equipamentos públicos sobre Marielle Franco e a importância do enfrentamento à violência política na cidade”.

“A brutal execução da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em 14 de março de 2018, colocou no centro da luta política o debate sobre a visibilidade e representatividade, nos espaços de poder, da ação política feminina, e em especial das mulheres vindas dos setores mais explorados e oprimidos da sociedade, mulheres periféricas, negras, LGBTs, mães solteiras, etc”, justifica o documento.

O autor do projeto, o deputado Renato Roseno, comemorou a aprovação do texto. “Marielle virou semente. Estamos aqui hoje cumprindo a agenda de Marielle Franco que foi instituída por sua irmã. várias casas parlamentares fizeram essa agenda em defesa das mulheres e participação políticas destas. Marielle é semente”, declarou.

Segundo a deputada e co-autora do projeto, Augusta Brito, além de homenagear a vereadora executada a tiros, o projeto dispõe sobre a necessidade de iniciativas de conscientização sobre o papel das mulheres na política.

“É triste a gente saber que esse tipo de violência chega ao nível de tirar a vida por questões visivelmente na nossa frente, por ser mulher, negra e defender os direitos. É uma conjuntura de fatos que fez com que ela fosse morta. Ao mesmo tempo, dá uma força e inspiração que a gente não desanime diante das dificuldades. Essa violência acontece toda hora, no dia a dia, no Legislativo. Não podemos nos calar e esquecer esse trágico homicídio”, completou a deputada.

Fonte: O Povo

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