FOTO: José Paulo Lacerda

A produção da indústria cearense cresceu 10,5% na comparação com março do ano passado, na taxa mais elevada desde junho de 2010, quando apresentou índice de 11,2%.

Apesar de o resultado se dar pelos números de baixa comparação, já que o setor recuou 3,9% em março de 2020, este é o sétimo mês de crescimento consecutivo deste indicador.

O salto na indústria do Estado também é explicado pelo efeito do calendário, pois o mês passado teve um dia útil a mais do que o ano anterior. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“No confronto interanual, a produção industrial mostra não somente uma taxa de crescimento de dois dígitos, mas também essa configuração de taxas positivas bastante disseminadas. Mas é preciso fazer essa ressalva: a base de comparação é baixa porque, em março de 2020, o setor industrial já estava sendo afetado por todo aquele movimento de isolamento social em função da pandemia de Covid-19. Muito desse crescimento mais amplo tem uma relação direta com isso”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Categorias

Segundo a pesquisa, o resultado positivo do Ceará alcançou todas as quatro grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades investigadas.

As principais influências vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (19,2%), máquinas e equipamentos (27,5%), produtos de minerais não metálicos (27,7%), produtos de metal (24,5%), produtos de borracha e de material plástico (20,3%) e metalurgia (10,9%).

Já entre as influências negativas, a maior foi exercida por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%), atividade que foi pressionada pela queda na fabricação dos itens querosenes de aviação, naftas para petroquímica, álcool etílico e óleos combustíveis.

Enquanto o segmento bens de capital (29,6%) registrou a maior expansão entre as grandes categorias econômicas, seguido por bens de consumo duráveis (12,0%), bens intermediários (9,9%) e bens de consumo semi e não duráveis (6,2%).

Fonte: O Povo

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