Ela se chama Maria Silva Bezerra, tem 25 anos, é natural de Santana do Cariri e atualmente mora em Fortaleza. No cotidiano, é professora de artes marciais, mas quando entra no ringue para lutar ela é “Viúva negra”. A alcunha foi dada pelo mestre Marcos Batista em referência ao lutador Anderson Silva, ou “Spider”, e às características de uma espécie de aranha que devora os seus adversários. Ela é multicampeã em Sanda, campeã em Kickboxing, Muay Thai, Nogi e MMA. Conquistou 3 cinturões, várias medalhas e troféus. Em seu histórico no MMA, a atleta santanense-do-cariri tem 6 vitórias, sendo 3 nocautes, 2 finalizações e 1 decisão do juiz.

Maria Silva nasceu em Santana do Cariri, cidade com pouco mais de 17 mil habitantes. Ela vem de uma família de agricultores e se mudou há sete anos para Fortaleza para realizar o sonho de ser lutadora profissional e chegar ao maior evento de MMA do mundo, o UFC. Ela conta que no início não recebeu nenhum apoio. “Não acreditavam muito que a luta ia me levar a algo sólido na vida. Com o tempo viram que realmente era isso que queria pra minha vida e começaram a me apoiar.”. 


Para manter o foco nos resultados, Viúva Negra treina de dois a quatro períodos por dia, de segunda a sexta-feira. Esses períodos só variam nos dias de luta marcada. A atleta faz parte da equipe Dragon Combat, que a ajuda e direciona a sua carreira.

Apesar do sucesso como lutadora, Maria diz que no ambiente profissional já sofreu com o preconceito por ser mulher. “Hoje já temos nosso espaço, cada dia mais mostrando nossa força e potencial. Na verdade, não temos que disputar espaço e sim mostrar pra nós mesmas que temos nosso diferencial. Temos já vários exemplos de super mulheres campeãs que mostram como somos especiais em um mundo que parecia ser só de um gênero.”, diz. 

Carreira e pandemia

A estreia internacional de Viúva Negra foi cancelada devido a crise sanitária causada pela Covid-19 e até os treinos sofreram restrições, mas agora, ela se sente mais confiante: “Treinos ficaram mais difíceis. Tinha que ser mais individual e em casa. Graças a Deus já está voltando ao normal. Deus sabe de todas as coisas. No tempo certo vai dar tudo certo.”. 

Diante dos obstáculos, a atleta se mostra focada em colocar a carreira como prioridade e não desistiu do sonho de chegar à maior disputa de MMA do mundo, o UFC. “MMA é profissão, é saúde, é bem estar, é vida. Amo o que faço.” finaliza.

Fonte: Site Miséria

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