Uma arena onde acontecia uma rinha ilegal de galos, montada em uma chácara, foi fechada pela polícia em uma operação do Ministério Público do Ceará nesta quinta-feira (22), em Pacatuba, na Região Metropolitana da Fortaleza. Cento e sessenta e sete galos foram resgatados. Oito pessoas foram conduzidas à Delegacia Metropolitana de Maracanaú.

A polícia apreendeu R$ 44 mil em espécie, US$ 27 e 10 euros. Além disso, foram encontrados pelos agentes de segurança duas caixas com dezenas de pulseiras de papel, um pacote com dezenas de bico de ferro para galo, uma maleta com dezenas de fichas com timbre do local do evento, duas caixas para transporte de galos e duas máquinas de cartão de crédito.

O proprietário do local, que não teve a identidade divulgada, é investigado por promover campeonato nacional de briga de galo e os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão domiciliar e pessoal contra ele. A medida foi autorizada pela 1ª Vara da Comarca de Pacatuba.

O organizador do evento, um homem de 60 anos, foi autuado em flagrante por maus-tratos contra animais, além de infringir medida sanitária preventiva e contravenção penal por exploração de jogos de azar. Após pagamento de fiança, ele foi liberado.

De acordo com a Polícia Civil, as outras sete pessoas eram de estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco e Sergipe. Todas foram ouvidas e liberadas em seguida. A investigação será feita após transferência dos autos para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

Conforme o Ministério Público, uma das fases do campeonato estava prevista para acontecer nesta sexta-feira (23) e no sábado (24). Outra etapa teria acontecido nos dias 30 e 31 de julho de 2020, no mesmo local.

Na chácara foi encontrada uma estrutura montada pera receber a briga de galos, com espaço para as rinhas e arquibancadas para os participantes assistirem. Os animais resgatados do local estavam presos em gaiolas, que ficavam em outra parte da chácara.

Participação de policiais investigada

Os dados levantados sobre os proprietários de veículos do local desse evento, segundo o Ministério Público, identificaram veículos de policiais militares e pessoas com alto poder aquisitivo.

A investigação conduzida pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) aponta a presença de policiais seja para apostar ou fazer a segurança clandestina do local e de participantes.

A Operação “Galo Carijó” contou com o apoio da Coordenadoria de Inteligência (COIN-SSPDS), do Batalhão de Policiamento de Meio Ambiente (BPMA), do Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE-PCCE) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Ceará (Choque-PMCE).

Fonte: G1 CE

Post a Comment