Café produzido na Chapada do Araripe. FOTO: Pedro Almino

No solo fértil da Chapada do Araripe, onde o Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet, pretende implementar o Programa Ceará Grãos para produzir milho, soja e sorgo e tornar a agricultura cearense autossuficiente nesses insumos, essenciais à sua pecuária e à sua avicultura – já se plantam café e oliveira. Acredite, que é vero.

Imaginem o Ceará produzindo azeite de oliva como a Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Israel. Isso será possível, assim como será possível, igualmente, produzir café de alta qualidade naquela região do Sul do Ceará.

Neste momento, há 3.500 pés de oliveiras cultivados em sequeiro (só com água da chuva) na Chapada do Araripe, e uma pequena área plantada de café. São projetos-piloto que, de acordo com os técnicos, “estão indo muito bem e têm tudo para dar certo”.

O clima e o solo do Araripe são propícios às duas culturas – lá, a temperatura varia de 15 a 25 graus e a pluviometria anual é, em média, de 1.200 milímetros.

Secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, o agrônomo Sílvio Carlos está otimista em relação ao Ceará Grãos. Ele diz:

“O Governo do Estado Ceará e o Ministério da Agricultura deram-se as mãos para uma ação de estímulo à produção de grãos no Ceará. Para isso, novas fronteiras agrícolas, propícias ao cultivo de grãos, estão sendo avaliadas.

“Regiões com a Serra da Ibiapaba, o Sertão de Crateús, a Chapada do Apodi e, agora, o Cariri e sua Chapada do Araripe tornam-se boas opções para a execução desse projeto, que está integrado também às indústrias de sementes, à Associação Cearense de Avicultura (Aceav).

“Alegra-nos muito a posição do BNB, que acredita no grande potencial agrícola do Estado e está inclinado a emprestar seu apoio ao Programa Ceará Grãos, cujo objetivo é o de promover uma radical transformação no agropecuária cearense, tornando-a autossuficiente na produção de grãos que entram na composição das rações que alimentam o rebanho leiteiro e o plantel da avicultura, gerando mais empregos e mais renda no interior do Ceará.”

Sílvio Carlos Ribeiro prossegue:

“Segunda-feira (12 de julho de 2021), visitamos a Chapada do Araripe e vimos o grande potencial da região para produzir soja, milho, milheto e sorgo. Além disso, a pecuária já tem grandes investimentos naquela região que também demonstra inovações como projetos com oliveiras e café.

“A Sedet desenvolve um programa de incentivo a novas culturas no Estado e, além de grãos, pretende também cultivar Cacau, Pitaya e Mirtilo. Estamos implantando no Cariri o Centro de Tecnologias em Cultivo Protegido para estimular a região a produzir flores e hortaliças seguindo o exemplo de sucesso da região da Ibiapaba.”

Fonte: Diário do Nordeste

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