A compra da Sputnik V, vacina contra a Covid-19 negociada pelo Consórcio Nordeste com o Fundo Soberano Russo, foi suspensa nesta quinta-feira (5).

O anúncio foi realizado pelo governador do Piauí e presidente do consórcio, Wellington Dias, que definiu as limitações impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como um dos motivos para a paralisação do contrato.

Além das novas limitações da agência, a falta da inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI) e a falta da licença de importação também foram outros pontos citados pelo governador para a decisão pela suspensão.

Ao todo, 37 milhões de doses do imunizante estavam previstas para compra. De início, a informação era de que as primeiras duas milhões chegariam em solo brasileiro ainda em abril deste ano, o que não ocorreu como planejado.

PADRÕES DE TESTES 
Conforme anúncio do Consórcio Nordeste, os padrões de testes requisitados pela Anvisa até o momento não foram solicitados para imunizantes de outros laboratórios. 

"Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido a uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização", confirmou Wellington Dias.

REUNIÃO PREVISTA
Ainda na última terça-feira (3), o governador da Bahia, Rui Costa, anunciou a reunião que seria realizada com o Fundo Soberano Russo. Segundo ele, o acordo não teria sido pago até o momento, visto que uma cláusula do contrato condiciona a remuneração com a entrega das doses. 

"Conversei com o presidente do Consórcio Nordeste esta semana para tomar uma decisão, dada os sucessivos obstáculos da Anvisa e a própria declaração do ministro", disse na ocasião.

SPUTNIK V
No dia 12 de março deste ano, o Consórcio Nordeste fechou a compra de 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, que é feita pelo Instituto Gamaleya. 

No dia 15 de junho, a Anvisa concedeu autorização para a importação excepcional do imunizante pelos estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amapá, Paraíba e Goiás.

Em 23 de julho, o Valor Econômico noticiou que o Ministério da Saúde deverá rescindir o contrato para a compra de 10 milhões de doses a vacina russa. Segundo o jornal, a pasta espera concluir análises jurídicas para anunciar a decisão.

Fonte: Diário do Nordeste

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