FOTO: Antônio Rodrigues
07/09/2021

Desde a realização do último censo demográfico, em 2010, a região do Cariri passou por mudanças significativas. O crescimento populacional, consequentemente, faz parte desse processo. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da Região Metropolitana do Cariri (RMC), composta por nove cidades, teve aumento de 9,20% desde então. De 564.478 habitantes em 2010, o levantamento estima que, em 2021, 616.454 pessoas estejam distribuídas entre Barbalha, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Jardim, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.

As cidades do triângulo Crajubar continuam liderando o ranking das mais populosas da RMC. Em primeiro lugar, a estimativa é que Juazeiro possua, atualmente, população de 278.264 pessoas. Em seguida, Crato aparece com 133.913 e, logo depois, Barbalha, com 61.662. De acordo com Renan de Oliveira, chefe da Agência do IBGE em Juazeiro do Norte, a metodologia adotada para estimar os contingentes populacionais dos municípios brasileiros tem como base a relação da tendência de crescimento populacional do município, observada entre dois censos demográficos consecutivos, com a tendência de crescimento de uma área geográfica maior, as Unidades da Federação.

Como a previsão é que o censo aconteça a cada década, o previsto era que, no ano de 2020, uma nova edição fosse realizada. Contudo, devido à pandemia de covid-19 e a problemas orçamentários, o estudo foi adiado e deve ser realizado no ano de 2022. Como cita Renan, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por 10 votos a 1, em 14 de maio de 2021, que “o Poder Executivo, em articulação direta com o Congresso Nacional, assegure os créditos orçamentários suficientes para a realização do Censo Demográfico do IBGE”.

Conforme explica o chefe da Agência de Juazeiro, o IBGE elaborou, ainda no primeiro semestre de 2021, a proposta orçamentária de R$ 2.392.907.087,00 para a realização do Censo Demográfico em junho de 2022. No entanto, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) estabeleceu o referencial monetário de R$ 2 bilhões, no Projeto de Lei Orçamentária Anual 2022 (PLOA-2022), para a realização do Censo. Como as Estimativas de População utilizam dados dos últimos censos, ele cita que os atrasos ocasionados pela não realização da operação censitária podem deixar os cálculos defasados.

“Ao IBGE caberá atuar junto ao Congresso Nacional, num trabalho de mobilização sobre os interesses públicos relacionados ao Censo Demográfico, para que a União assegure o que foi determinado pelo STF, que são as condições necessárias para a realização do Censo Demográfico em 2022”, relata Renan. Ele destaca, inclusive, que o Censo constitui a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios do País e em seus recortes territoriais internos. “Com a sua realização, o país vai dispor das informações necessárias para conhecer as características das pessoas e de suas residências, planejar políticas públicas e realizar o investimento de recursos de maneira inteligente. Seus resultados também servirão para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita e para a divisão dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM)”, conclui.

Fonte: Jornal do Cariri

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