Pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes foi alvo de vaias e de uma tentativa de agressão durante participação de protestos contra Jair Bolsonaro realizados neste sábado, 2 de outubro, em São Paulo.

Em discurso em um carro de som na Avenida Paulista, Ciro primeiro fez fortes críticas ao atual presidente, destacando o “fascismo travestido de verde e amarelo” como maior ameaça ao Brasil hoje. Depois da fala, enquanto se encaminhava para deixar a manifestação, o pedetista foi alvo de vaias de militantes contrários à sua presença nos atos.

Depois de Ciro deixar o protesto, um grupo de militantes seguiu o presidenciável, com um deles chegando a tentar arremessar uma garrafa de bebida contra o pedetista. Dois grupos de manifestantes a favor e contra Ciro entraram então em conflito, com a polícia usando spray de pimenta para conter a confusão.

Em nota, o PDT disse que as agressões partiram de “meia dúzia de militantes petistas que estavam em um bar, visivelmente alterados”. “São atos covardes de quem não está interessado no país. Esses covardes não intimidarão quem quer que seja. Ciro e o PDT seguirão na luta contra Bolsonaro e a favor do Brasil”.

O próprio Ciro se manifestou sobre o caso, dizendo que foi aos protestos “de peito aberto” e “sabendo que poderia enfrentar a deselegância de alguns radicais”. “Eles nunca me intimidarão. Porque as ruas não têm dono. E a democracia não tem senhores”.

Hoje praticamente confirmado na disputa presidencial para 2022, Ciro Gomes vem entrando em rota de colisão com a militância de esquerda há vários anos, desde que passou a subir o tom das críticas contra o PT e o ex-presidente Lula. Nas últimas pesquisas de opinião, o pedetista tem aparecido sempre em terceiro lugar, atrás de Lula e Bolsonaro, com até 6% das intenções de voto no primeiro turno.

Fonte: O Povo

Post a Comment