Foto: George Wilson

Neste mês de outubro, artigos natalinos geralmente começam a aparecer nas lojas em todo o comércio de Juazeiro do Norte. Apesar do momento de retomada da crise econômica gerada pela situação pandêmica do novo coronavírus, bem como maior flexibilização nos decretos municipais e estaduais para funcionamento do comércio, estabelecimentos tem relatado dificuldade em alavancar as vendas dos produtos festivos devido a baixa procura, se comparado ao período pré-pandemia.

Alguns estabelecimentos da Rua São Pedro, principal via comercial da cidade e considerada a “25 de março” do Cariri, estão enfeitados e repletos de artigos natalinos e apresentam bom fluxo de compradores, mas ainda receosos quanto ao fluxo de vendas para os próximos 30 dias, quando esperam alavancar vendas com a Black Friday. Muitas destas lojas tem relatado que diversos produtos estão com tendência de ficarem parados nas prateleiras, e que os consumidores tem preferido economizar na compra destes materiais, o que pode ocasionar uma baixa ainda maior que a de 2020.

Uma vendedoras de uma loja de artigos do lar, especializada em varejo, afirmou que muita gente tem procurado objetos decorativos, mas que na maioria das vezes são produtos mais baratos ao invés de peças de maior valor melhor produzidas.

“Desde o mês passado as pessoas tem passado aqui e buscado em comprar enfeites de natal, isso realmente não podemos reclamar porquê a procura tem acontecido. O que acontece agora é que quase ninguém mais tem procurado os enfeites mais caros ou as árvores prontas, os papais Noéis ou mesmo as pelúcias. O povo realmente vem em busca de pisca-pisca, guirlandas ou enfeites de árvore mais simples, deixando para gastar em coisa que elas possam levar no grosso [maior volume]. Ainda é cedo, mas com certeza daqui um mês acho que vamos saber se realmente vamos ter ou não batido a meta de vendas do ano passado”, aleta a vendedora.

Adaptação

A lojista Gislane, que também faz peças sob encomenda, também confirma a baixa demanda na busca das peças mas tradicionais e busca por algo mais barato e acessível, muito em razão na alta dos preços dos produtos e insumos. Segundo ela, muitos produtos de seu catálogo tem deixado de ser produzidos justamente para não ocorrerem prejuízos e o produto não ficar “parado”. Pensando nisto, ela diz ter adaptado seu negócio para vender produtos que os consumidores possam se interessar mais e ter condições financeiras para levar.

“Ainda tenho produzido algumas peças e vendido presépios prontos sob encomenda, mas essa demanda caiu muito. Um trabalho que tenho feio é fazer guirlandas com esse material que as lojas já vendem, personalizando e oferecendo pro cliente, por um preço acessível e que tem atraído mais gente. Também vendo pisca-pisca, os enfeites de pendurar em árvore de Natal e peças pequenas de resina, que saem mais”, completa a comerciante.

Fonte: Site Badalo

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