Construído com sete capítulos que abordam os diferentes aspectos do pequi da Chapada do Araripe, fruto muito utilizado na culinária nordestina, o livro “O Pequi da Chapada do Araripe”, escrito pelo biólogo caririense Weverton Kariri, será lançado dia 30 de outubro. A obra conta com prefácio de Felicidade Caroline, e com um cordel de Zé da Cruz, cordelista que acompanhou desde a infância, a implantação da cultura do extrativismo do pequi na Serra do Araripe, especificamente na cidade de Jardim.

Inicialmente, o autor apresenta os fatos históricos dessa espécie emblemática da região do Cariri cearense, destacando nomes de figuras importantes que passaram pelo Sul do Ceará e que de alguma forma apresentaram interação com a árvore frutífera. Dentre esses, o médico e botânico inglês, George Gardner, que ao passar pela Vila Real de Crato, em meados do século XIX, destacou o uso medicinal e culinário dos frutos, bem como o uso da madeira para a construção de moinhos.

Weverton destaca a importância cultural e socioeconômica do pequi na região do Cariri, principalmente das populações que vivem em torno da Chapada do Araripe. Nessa seção, é possível observar todo o processo que envolve o extrativismo da espécie, desde o assentamento de famílias em acampamentos, até a venda dos produtos, sejam eles os frutos in natura ou o óleo da espécie.


No final do livro o autor alerta para a conservação da espécie, visto que esta espécie é ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Essas ameaças são oriundas, principalmente, de pressões antrópicas, como por exemplo a alta demanda de frutos, além da fragmentação dos hábitats naturais por meio de queimadas. Associado a estes fatores, essa espécie apresenta uma germinação lenta. Devido à dormência presente nas sementes, estas podem levar em torno de um ano para germinar.

Na sua obra de estreia é possível notar que o autor não destaca a sua própria imagem. Ele frisa que prefere ocultar seu rosto diante de um mundo extremamente midiático, chegando a afirmar: “Eu simplesmente gosto de ser uma obra e não um rosto”.

Fonte: Site Badalo

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