Subiu de 134 para 149 o número de casos de lesões na pele registrados no Recife, segundo atualização divulgada pela Secretaria municipal de Saúde (Sesau) nesta quinta-feira (25 de novembro). Até o momento, não houve agravamento associado aos casos investigados.

As causas das lesões, que têm entre os principais sintomas a vermelhidão e a coceira, estão sendo investigadas na capital pernambucana por meio de exames laboratoriais e de ações nas localidades onde os registros foram feitos, entre elas, a captura de mosquitos e de ácaros. Também serão realizados exames de raspado de pele em pessoas que apresentaram os sintomas.

A Sesau informou ainda que mantém contato com a Secretaria Estadual de Saúde, com o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), com um médico epidemiologista e com um médico infectologista, com o objetivo de obter conclusões sobre os casos.

As principais hipóteses, segundo apurou a Folha de São Paulo, são sarna humana, alergia ou um tipo de arbovirose causado por mosquito. Ainda não há conclusão das apurações.

Uma nota técnica da Secretaria de Saúde de Pernambuco, de 19 de novembro, descarta um possível surto de doenças transmitidas por alimentos.

O documento orienta profissionais das unidades de saúde a notificarem os casos em até 24 horas ao Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), da Secretaria de Saúde de Pernambuco.

Por enquanto, o surto é caracterizado como de "lesões cutâneas a esclarecer".

Em nota, a Secretaria de Saúde do Recife informou que "mantém contato com a Secretaria Estadual de Saúde, com o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), com um médico epidemiologista e com um médico infectologista, com o objetivo de obter conclusões sobre os casos".

Segundo a pasta, as investigações são feitas por meio de exames laboratoriais e de ações nas localidades com casos, entre as quais, a captura de mosquitos e de ácaros. Ainda de acordo com a secretaria, serão realizados, nesta semana, exames de raspado de pele em pessoas que apresentaram os sintomas.

Os bairros de Dois Irmãos e da Guabiraba, na Zona Norte da cidade, concentram mais de 80% das notificações na capital pernambucana.

Os demais registros estão localizados na Várzea, Boa Viagem, Córrego do Jenipapo, Bomba do Hemetério, Encruzilhada, Torre, Graças, Morro da Conceição, Brejo da Guabiraba, Passarinho, Linha do Tiro, Boa Vista, Sítio dos Pintos, Imbiribeira, Ibura, Mangabeira e San Martin.

Surto é registrado em outras cidades

Além do Recife, os municípios de Camaragibe, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana, também notificaram casos do tipo.

Em Camaragibe, foram registrados 78 casos de pacientes deram entrada em unidades de saúde com lesões cutâneas a esclarecer. De acordo com a prefeitura da cidade, a Vigilância em Saúde do município está realizando um estudo clínico epidemiológico com o levantamento de informações caso a caso. A água da rede de abastecimento nas residências também está sendo coletada para análises. 

A Prefeitura de Paulista também notificou seis casos do tipo. Quatro pacientes do sexo masculino e dois do sexo feminino, com idades entre 7 e 84 anos, estão sendo acompanhados. Eles residem nos bairros de Vila Torres Galvão, Maria Farinha, Maranguape, Maranguape II e Pau Amarelo.

Em Jaboatão, foram realizados 21 registros até o momento, a maior parte entre moradores dos bairros de Piedade e Prazeres, com algumas notificações em residentes do Zumbi do Pacheco e de Vila Rica.

A cidade de Olinda também notificou quatro casos da doença. A equipe da epidemiologia do município investiga a origem do surgimento do surto.

No município de São Lourenço da Mata, foram registrados seis casos. Segundo a prefeitura da cidade, a Diretoria Municipal de Epidemiologia investiga o que provocou as lesões.

Com informações da Folha de Pernambuco e Folha de São Paulo

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