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Com a crise de escassez hídrica iniciada neste ano no Brasil, a previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de que haja um aumento de cerca de 21,04% na conta de energia em 2022. 

A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso a um documento interno publicado na última sexta-feira (5) pela agência.

No documento, consta uma projeção da Aneel sobre o impacto financeiro ocasionado a partir das medidas adotadas para garantir o fornecimento de energia elétrica, como o acionamento das usinas termelétricas. 

“Nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%, quando avaliado todo o universo de custos das distribuidoras e incluídos esses impactos das medidas para enfrentamento da crise hídrica”, diz o documento.

BANDEIRAS TARIFÁRIAS
O aumento deve impactar ainda mais o orçamento dos brasileiros, que já sofrem com o alto valor cobrado nas contas de luz. Em agosto deste ano, o Governo anunciou a criação de uma nova bandeira tarifária, escassez hídrica, cujo valor é 50% mais cara que a vermelha em patamar 2. 

O valor cobrado é de R$ 14,20 a cada 100 kWh e ficará vigente até abril de 2022. Com isso, o aumento médio nas contas de energia foi calculado em torno de 6,78%. 

CRISE HÍDRICA
Esta é considerada a maior crise hídrica dos últimos 91 anos no Brasil. 

De acordo com diretor-geral do ONS (Operadora Nacional do Sistema), Luiz Carlos Ciocchi, havia previsão de chuvas na região Sul entre julho e agosto, mas elas foram frustradas, o que levou o grupo de monitoramento emergencial da crise a tomar medidas mais drásticas de preservação da água no sistema.

O QUE SÃO AS BANDEIRAS TARIFÁRIAS 
Atualmente, o Sistema de Bandeiras Tarifárias é composto por três tipos: verde, amarela e vermelha, que é dividida em dois patamares. Cada uma é acionada conforme as condições da geração de energia e acrescenta uma taxa a mais na conta de energia dos consumidores.  

Bandeira verde: indica que as condições de geração de energia estão favoráveis, portanto, a tarifa não sofre nenhum acréscimo; 

Bandeira amarela: inicia o alerta para geração em condições menos favoráveis. Com isso, é cobrado um acréscimo de R$ 1,874 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos;  

Bandeira vermelha - Patamar 1: sinaliza as condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 3,971 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos;

Bandeira vermelha - Patamar 2: patamar de tarifa mais caro. A tarifa sofre acréscimo de R$ 9,49 por cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos.

Fonte: Diário do Nordeste

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