Foto: José Leomar

Após ter iniciado em setembro a aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 em idosos e imunossuprimidos, o Brasil está expandindo a vacinação com dose adicional. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o governo vai aplicar uma dose de reforço da vacina para toda a população acima de 18 anos.

A aplicação será para quem tomou a segunda dose há mais de cinco meses. Além de o público ter sido ampliado, o intervalo entre aplicações diminuiu — visto que anteriormente o intervalo mínimo deveria ser de seis meses. Para ajudar a entender esta nova fase, listamos algumas perguntas e respostas sobre a vacinação com terceira dose no país.

3ª dose

Pfizer

1ª e 2ª dose – Pfizer
3ª dose: Astrazeneca / Janssen (após 5 meses)

Astrazeneca

1ª e 2ª dose – Astrazeneca
3ª dose: Pfizer (após 5 meses)

Coronavac (Sinovac)

1ª e 2ª dose – Coronavac (Sinovac)
3ª dose: Pfizer / Astrazeneca / Janssen (após 5 meses)

Janssen

Dose única – Janssen
2ª dose: Janssen (após 2 meses)
3ª dose: Pfizer (após 5 meses)

Necessidade

A aplicação de uma dose de reforço tem sido defendida por especialistas diante da alta de infecções entre imunizados com as duas doses, como foi o caso do ator Tarcísio Meira, que morreu em agosto.

Também há evidências científicas de que a proteção induzida pelas vacinas cai ao longo do tempo, o que coloca em risco, principalmente, os grupos mais vulneráveis. O avanço da variante Delta — mais transmissível — também tem colocado autoridades em alerta.

Vacina ineficaz?

Não. Estudos científicos e o monitoramento da aplicação das vacinas revelam que os imunizantes contra a Covid-19 são eficazes contra o coronavírus e funcionam contra as variantes já conhecidas.

Pode existir, no entanto, uma queda do nível de proteção vacinal ao longo do tempo.

Quando começou

A vacinação com terceira aplicação começou no Brasil no início de setembro. O Ministério da Saúde previa o início da vacinação com dose de reforço a partir de 15, mas o governo de São Paulo adiantou o início da nova etapa para o dia 6 daquele mês.

Grupos

Em um primeiro momento, apenas idosos acima dos 60 anos, imunossuprimidas e profissionais de saúde receberam o reforço com a terceira dose.

Em 16 de novembro, porém, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o governo vai ampliar a imunização com dose adicional, contemplando toda a população acima de 18 anos. A intenção da pasta é aplicar o reforço em 103 milhões de pessoas até maio.

Reforço para CoronaVac?

Não. A dose de reforço vai ser aplicada nos indivíduos elegíveis, que tomaram qualquer um dos imunizantes disponíveis no país.

Intervalo de doses

Para que uma pessoa seja elegível para receber a dose adicional, além de ter mais de 18 anos, é necessário que ela tenha recebido uma segunda dose ou dose única de imunizante anticovid há pelo menos cinco meses.

Dose única

O Ministério da Saúde anunciou que as pessoas que tomaram a vacina da Janssen, da farmacêutica Johnson & Johnson, precisarão tomar uma segunda dose do imunizante.

A aplicação deverá ser feita dois meses após a primeira dose. O reforço para essas pessoas também será feito cinco meses após o esquema vacinal completo.

Quem já recebeu

Ao todo, 10,7 milhões em pessoas acima de 60 anos, imunossuprimidos e trabalhadores de saúde já receberam essa dose de reforço.

Pelas contas do Ministério da Saúde, outras 12,4 milhões estão aptas a receber mais uma aplicação ainda neste mês de novembro.

Vacinas

O Ministério da Saúde disse que há preferência pela vacina da Pfizer, mas também podem ser usadas vacinas da Janssen ou da AstraZeneca.

Deve-se privilegiar ainda, segundo a pasta, a imunização heteróloga, que é feita com um imunizante diferente do que foi aplicado nas primeiras doses.

Países

Além do Brasil, Alemanha, França e Israel já optaram pela aplicação da terceira dose do imunizante contra a Covid-19. Estados Unidos e Chile também são países que adotaram medidas semelhantes.

Fonte: CNN Brasil

Post a Comment